Da Rede Brasil Atual 

Novo restaurante deve ficar pronto somente daqui a um ano. Até lá, oferta diária de refeições cai de 4.600 para 1.300, prejudicando população em situação de rua
Divulgação
Na campanha, Tarcísio prometeu dobrar rede de restaurantes populares, mas começa cortando refeições

Como motivo para o fechamento do restaurante, o governo de São Paulo alega que o imóvel alugado não oferecia mais “condições de uso”. O salão de refeições estava interditado por constantes vazamentos e infiltrações, além de problemas no piso e na infraestrutura. E anunciou a construção de uma sede própria a 850 metros do antigo restaurante. O prazo para finalização das obras, no entanto, é de 12 meses.

Nesse período, de acordo com a vereadora Luna Zarattini (PT), haverá queda na oferta de refeições na região. Isso porque as unidades móveis do Bom Prato vão oferecer 1.300 refeições diariamente, enquanto que a unidade de Campos Elíseos servia 4.600 todos os dias.

Reação

Luna entrou com uma representação no Ministério Público para tentar barrar o fechamento do restaurante. Além disso, como vereadora, também cobrou ações da prefeitura de São Paulo para atender a população que vive em situação de insegurança alimentar. Nesse sentido, ela cobrou a implementação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional, aprovada no ano passado, mas que ainda não foi posta em prática.

“O que o prefeito de São Paulo (Ricardo Nunes), o que o Tarcísio de Freitas (governador) estão fazendo em relação à situação de miséria e fome da população no nosso estado e na nossa cidade? No fundo, acho que não é prioridade desses governos o debate sobre a fome e a miséria. E é importante dizer que quem tem fome tem pressa”, afirmou a vereadora, durante sessão na Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta (30).

Promessa de campanha

Durante a campanha, o então candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu dobrar o número de restaurantes populares. A rede Bom Prato oferece refeições a R$ 1 no almoço e no jantar, além de café da manhã por R$ 0,50. Atualmente, são 100 unidades instaladas no estado, sendo 73 fixas e 27 móveis, 24 delas na capital. Só em 2023, o agora governador havia prometido mais 30 unidades, e outras 30 no ano que vem.