Por Alfredo Herkenhoff
Milei decretou o pacote-ônibus, ou medidas de motosserra, para produzir, em menos de 100 dias, uma hiper inflação com uma convulsão social para justificar um golpe de Estado.
Milei entregou a gestão do neoliberalismo selvagem ao macrismo, os três principais postos com nomes de Macri que não precisou disputar votos até porque não venceria o pleito.
O papa no domingo estava alquebradinho e de lá pra cá disse que quer ser sepultado na Cidade Eterna e disse que seu papapo de dez anos tem uma questão pessoal: O pontífice Francisco não visitou o torrão natal que ele, na festa da posse, chamou de Fim do Mundo, chamou assim tudo que estava ao norte do extremo sul chamado Tierra del Fuego. O papa Francisco conseguiu visitar o Chile rodeando o mapa para não pisar no Fim do Mundo. Francisco no Brasil, semanas depois daquela Primavera do ônibus em 2013, disse que voltaria pelo tricentenário da imagem milagrosa de N. Sra Aparecida em 2017, mas cancelou a nova visita em 2016 assim que se consumou o golpe do lavajatismo contra Dilma no conluio CIA-Globo-STF e Cunha-Temer…
A Argentina tem capacidade humana, grande produção de proteína e tem energia. Mas vai viver 100 dias de caos, fome, protestos e repressão.
Com quem Milei vai dar o golpe de Estado pretendendo tirar o macrismo dos 100 dias de desastre? Com as Forças Armadas de falecido Videla Prisão Perpétua? Com os policiais argentinos como fizeram os bolivianos fazendeiros da parte baixa, Santa Cruz, usando a polícia para derrubar Evo Morales nos altos dos Andes?
Ninguém sabe o que vai acontecer na Argentina com mega estagflação ao cabo de 100 dias.
Flavio Dino assume a cadeira no Supremo em 22 de fevereiro, quando começará o terceiro ano da guerra na Ucrânia já vencida pela Rússia.
Dos 10 maiores crescimentos de PIB nesse 2023, considerando apenas os países mais importantes, sete são nações da Eurásia, com liderança de China e Índia, duas grandes bases populacionais, com índices de 6% e 5% ou mais. No Ocidente, só não estão se dando mal economicamente os EUA com previsão de crescer dois e pouco por cento graças ao complexo industrial militar com guerra na Ucrânia ferrando a economia europeia, guerra na Palestina e tensão crescente com a China, e o Brasil, que desmentiu o FMI, desmentiu o babaquara neto de Roberto Campos no BC e desmentiu a mídia corporativa sonhando com mais Enel, Sabesp, Eletrobras, Vale, Braskem etc… E e o Brasil dos sírio-libaneses Haddad, Alckmin, Tebet, John Saad, Juca Kfouri e Verinha Curi vai crescer com Lula mais de três por cento graças a Deus…
Alfredo Herkenhoff é jornalista e escritor. Trabalhou por 20 anos no JB em várias funções, de secretário a colunista do Caderno B. Colaborou com o semanário Opinião nos anos 70.
