Por Simão Zygband
Utilizo o nome de um filme de terror, Delírios de um anormal, dirigido por José Mojica Marin, o Zé do Caixão, em 1978, que curiosamente foi premiado com a Placa de Prata no XI Festival de Brasília no Cinema Nacional, para fazer uma comparação com os delírios psicóticos golpistas de Jair Messias Bolsonaro.
O filme traz a história de um psiquiatra, Dr. Hamilton que tem pesadelos acreditando que o Zé do Caixão vai raptar a sua esposa Tânia. Seus colegas decidem então procurar ajuda com o cineasta (que aparece ele mesmo como personagem), que tenta assegurar que tudo não passa de uma criação da sua mente doentia.
Curiosamente também é que Delírios de um anormal tem sua história construída com cenas censuradas pela ditadura militar dos quatro filmes anteriores de José Mojica Marins: O Despertar da Besta (1969), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1967), Exorcismo Negro (1974) e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968).
José Mojica Marins filmou cerca de 35 minutos de cenas novas, adicionando também os personagens da trama. José Mojica Marins aparece como ele mesmo, e também o personagem de Zé do Caixão no filme. Nada mais característico do período da ditadura militar como a prática da censura e do assassinato e tortura de presos políticos.
Os delírios de um Anormal, no caso o psicopata Jair Bolsonaro, que ocupa atualmente a cadeira presidencial, ante a inevitável derrota nas eleições de outubro para o candidato da Frente Ampla, Luiz Inácio Lula da Silva, tem ocasionado surtos psicóticos no atual mandatário. Ontem ele teve o desplante de convocar embaixadores de mais de 20 países para exibir uma cantilena (praticamente uma música de terror) sobre a insegurança das urnas eletrônicas. Questionar o equipamento de votação tem sido a obsessão do genocida.
O próprio Construir Resistência, na brilhante matéria da jornalista Fernanda Soares, mostra que os militares participaram da criação e da concepção das urnas eletrônicas (https://construirresistencia.com.br/militares-participaram-da-criacao-e-concepcao-da-urna-eletronica/) e que foram nomeados 10 especialistas de diferentes setores do governo para o seu desenvolvimento. Os militares ocuparam duas dessas “cadeiras”: o Major Elifas Chaves Gurgel do Amaral, que ocupa cargo no governo Bolsonaro e era ligado ao Departamento de Informática do Ministério do Exército e o Capitão-de-Corveta Luiz Otávio Botelho Lento, do Ministério da Marinha, além de um servidor público civil representando o Ministério da Aeronáutica.
Reportagem do The New York Times de hoje revela que os diplomatas ficaram abalados durante a reunião convocada ontem por Jair Bolsonaro, em que ele colocou em dúvida o sistema eleitoral brasileiro. Segundo um dos principais jornais dos Estados Unidos, diplomatas temem que Bolsonaro esteja preparando as bases para uma tentativa de golpe se perder as eleições presidenciais deste ano. Dois embaixadores que concordaram em falar com o NYT sob a condição de anonimato dizem que diplomatas ficaram incomodados após a sugestão de Bolsonaro de que militares devem participar do processo para “garantir eleições seguras”.
Mas, não somente os diplomatas ficaram surpresos com a insanidade mental do déspota Bolsonaro. Evidentemente que componentes da Frente Ampla, favoritíssima para vencer as eleições, preferem não “dormir no barulho” do capitão alucinado: “A resistência ao golpe tem que ser formatada dentro da própria campanha do Lula. Como principal liderança, deve neste momento visitar o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e a Procuradoria Geral da República, encabeçando as atividades, que também devem reunir os principais partidos e os movimentos sindicais e sociais. Necessário fazer um grande ato em Brasília”, sugeriu uma liderança petista.
É momento de resistir ao golpe!
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