Da redação com informações de Wellington Andrade do site Notícias Pretas
Um levantamento feito pelos pesquisadores Dalson Figueiredo (UFPE/OXFORD), Lucas Silva (UNCISAL) e Juliano Domingues (UNICAP) mostra que de fevereiro de 2019 (no início do governo) ao começo de fevereiro de 2022, o presidente Jair Bolsonaro trabalhou menos de 5 horas por dia (em média, 4h50 diariamente).
A pesquisa levou em conta o tempo que Bolsonaro dedica a agendas públicas, casos de reuniões, eventos, almoços, viagens, cultos religiosos e lançamentos, para citar alguns exemplos. Uma das conclusões do levantamento é de que Bolsonaro trabalha, em média, “20% a menos do que um estagiário (diferença percentual entre o patamar de 6h e a média de horas trabalhadas por Jair Bolsonaro durante todo o período)”.
O estudo também destaca que esse tempo de “expediente” vem diminuindo ao longo dos anos. Em seu primeiro ano de governo, Bolsonaro dedicou 5h35, em média, a compromissos oficiais. Em 2020, esse tempo médio passou para 4h40. Já no ano passado, o presidente reduziu suas horas de trabalho a 4h20. Pois no primeiro mês de 2022, foram 3h35 de labuta por dia útil.“O controle social sobre a administração pública depende da transparência de informações. Dessa forma, um dos objetivos deste projeto é facilitar o acesso aos dados da agenda presidencial em um formato mais adequado à pesquisa científica.”, explica o pesquisador Dalson Figueiredo.
O estudo, aliás, não leva em consideração a média simples sobre o tempo de trabalho entre os anos em que Bolsonaro está como chefe do Executivo. Cada exercício, portanto, tem um peso diferente na análise.
Vale lembrar que recente pesquisa do PoderData mostrou que as mulheres, os mais jovens, os moradores do Nordeste e os mais ricos são os que pior avaliaram o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao todo, ele é considerado ruim ou péssimo por 56% do eleitorado feminino; 57% de quem tem entre 16 e 24 anos de idade; 62% dos nordestinos; e 61% de quem recebe mais de 5 salários mínimos. O índice também é mais alto entre quem tem ensino superior, chegando a 56% do grupo.
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