O caluniador

Por Alex Solnik 

 

As redes sociais oferecem um campo propício para o caluniador profissional.

A calúnia, tal como o câncer, propaga-se rapidamente e tal como os demônios, nunca volta à Caixa de Pandora.

O caluniador profissional sabe que a “relação custo-benefício” é sempre favorável a ele.

O estrago que faz é instantâneo e enorme; a punição demora e é branda.

A Justiça obriga a publicar direito de resposta da vítima da calúnia nas redes sociais do caluniador, mas isso não resolve o problema, porque o caluniador já instalou a dúvida na cabeça do eleitor ao divulgar a calúnia. E essa dúvida não há direito de resposta que remova.

O caluniador diz que o outro é isso e aquilo, sem provas; o “acusado” diz que não é, também sem provas. Fica a palavra de um contra a palavra do outro.

O caluniador coloca sua vítima na defensiva. E vira herói da bolha que o apoia.

Marçal cresce entre os bolsonaristas porque tem a “coragem” de caluniar o candidato de Lula, que é o principal inimigo do bolsonarismo, o que Ricardo Nunes não faz com a virulência exigida.

Marçal pode não ser o candidato oficial de Bolsonaro, mas se transforma, aos poucos, no candidato oficial do bolsonarismo.

 

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Alex Solnik – jornalista

 

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