Por Alfredo Herkenhoff
(Especulação geopolítica)
A extrema direita está em alta na Europa e nas Três Américas por causa da propaganda das big techs e de outras ferramentas na guerra híbrida do neoliberalismo moribundo no mundo.
Trump só não foi reeleito por causa de sua imprudência negacionista diante da pandemia. O mesmo ocorreu com o Bozo, fazendo propaganda de Iverc e Clorô, alavancando o Brasil como parceiro dos EUA, dois campeões de mortes que poderiam ter sido evitadas.
Biden se fingiu de racional, mas sucumbiu. Ajudou Lula ao avisar aos militares ao redor do Bozo que os EUA não aceitariam o golpe de Estado via negação do resultado das urnas eletrônicas. Mas Biden era falso keynesiano. Confirmou as sanções de Trump contra a China e Irã, confirmou a ruptura dos acordos de redução de mísseis e ogivas nucleares firmados ao tempo de Reagan e Gorbachev. Biden não tem mais chances não de se reeleger, mas nem de ser candidato à reeleição. Biden ajudou Lula impedindo o golpe que estertorou no 8 de janeiro, mas não tem mais nada a dar.
Trump tem grande chances de não se reeleger, mas de eleger um preposto que ele indicar, um Dimitri Medvedev do Otanistão, ou Deep State. Os beligerantésimos democratas sonham com um novo nome no lugar de Biden, mas estão derrotados de antemão por causa de Ucrânia e Gaza.
Paira no ar americano numa convulsão quase guerra civil não, mas crise institucional, uma candidatura independente, o filho do Bob, o sobrinho do assassinado presidente John Kennedy.
Mas, sorte de Lula, apesar do crescimento da extrema direita na Europa satanizando imigrantes e nas Américas com fanatismo religioso e pautas morais, a grande aliança que o presidente operário costurou com Alckmin, Tebet, Barbalho, Lira, Pacheco, STF, Fiesp e grandes empresários do agronegócios, enfim, é aliança que vai ampliar em 2026 a vitória de 2022.
Lula (a aliança política ampla) só perde se Javier Milei conseguir superar o caos de seu pacotão ônibus motosserra nessa lua de Fel de 100 dias, e conseguir, em 2024, agora, atrair grandes capitais estrangeiros para a economia real da Argentina e assim, rapidamente, conseguir dar início a um tempo novo de geração de empregos, renda, crescimento, consumo, esperança, enfim…
As chances de Milei não ajudar Lula e a grande aliança são mínimas.
Putin disse, semana passada, que os grandes capitais não vão investir na Argentina no curto prazo, na esperança de Milei, nada bacana rolará na economia real porque o projeto do novo presidente, segundo o chefe do Kremlin, é fajuto, e o grande país ao sul do Brasil já vive uma grande instabilidade política com uma crise econômica (dívida externa) que se arrasta desde Menem, Cavallo e De La Rúa.
O Brasil é um “case” nessa endireitação da Europa e das Três Américas. Lula avisou aos brasileiros de todos os matizes ideológicos, sociais e religiosos que ele, sozinho, não conseguiria derrotar os algoritmos das big techs, os serviços de inteligência dos EUA, de Londres e de Israel e a grande mídia, todos esses estamentos a serviços da financeirização, os banqueiros anônimos…
Lula, ao mesmo tempo, convenceu esses poderosos e diversificados segmentos da classe dominante que, sem ele, sem Lula, a situação do Brasil ficaria ainda pior com uma reeleição do chefete miliciano com endereço num condomínio na Barra da Tijuca cheio de envolvidos com assassinatos como o de Marielle e com tráfico pesado de fuzis automáticos…
A aliança que Lula costurou com Alckmin e outros conservadores é simples: você não precisa gostar de Lula para votar a favor do seu projeto de Brasil com economia real grande. Basta comparar as perspectivas dessa aliança política com os desvarios dos oposicionistas bradando moralismo sem moral dos neopets, bozonaros, milicianos e membros CACs.
Obrigado, Javier Milei, cada argentino de classe média cada vez mais ferrado é um voto a mais na aliança pela democracia no Brasil contra o fanatismo que mistura religião com política e mistura moralismo sem moral com a política.
Até Sergio Moro já começou a pedir penico!
Alfredo Herkenhoff é jornalista e escritor. Trabalhou por 20 anos no JB em várias funções, de secretário a colunista do Caderno B. Colaborou com o semanário Opinião nos anos 70.
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