Israel não poderá recuperar reféns sem acordo, diz ministro

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Da Redação com CNN e  Quarentena News

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Manifestantes reúnem-se apelando pela libertação dos reféns israelenses em Gaza – foto: Alexandre Meneghini/Reuters

O ministro do gabinete de guerra de Israel, Gadi Eisenkot, acredita que seu país não será capaz de trazer de volta vivos os reféns feitos pelo Hamas por meios militares. Segundo ele, a libertação dos capturados precisará ser negociada.

“Acho que precisamos dizer isso com coragem, que não podemos trazer os reféns vivos agora se não for como parte de um acordo”, disse Eisenkot a uma emissora israelense durante uma entrevista na noite de quinta-feira (18), horário local. Ele acrescentou que aqueles que sugerem o contrário estão “ vendendo mentiras.”

Eisenkot também disse que um acordo para garantir a libertação dos reféns provavelmente incluiria um cessar-fogo mais longo do que o anterior que aconteceu no final de novembro de 2023.

“Houve um cessar-fogo curto de uma semana e meia, portanto haverá um cessar-fogo três a quatro vezes mais longo, e depois disso os objetivos da guerra ainda são válidos; é assim que eu vejo”, disse Eisenkot.

Eisenkot também pareceu criticar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o seu governo, dizendo que aqueles que afirmam que o Hamas foi totalmente derrotado no norte de Gaza “não dizem a verdade”.

Eleições antecipadas

Ao responsabilizar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pelo fracasso em defender Israel do ataque terrorista de 7 de outubro, o general Gadi Eisenkot, pediu a convocação de eleições antecipadas para formar um governo que tenha a confiança da população. Só 15% dos israelenses apoiam Netanyahu.

Eisenkot, que perdeu um filho na invasão da Faixa de Gaza, acrescentou que quem quer que fale numa “derrota total” do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) “não está dizendo a verdade”.

O primeiro-ministro tenta se apresentar como o único líder capaz de evitar a criação de uma pátria para o povo palestino, alienando assim o apoio dos Estados Unidos, da Europa e do mundo árabe, necessário para administrar o futuro da Faixa de Gaza e enfrentar as ameaças a Israel.

Na opinião do jornalista Thomas Friedman, do jornal The New York Times, Netanyahu só está interessando em salvar a si mesmo dos processos a que responde por corrupção.

Como a estratégia de terra arrasada de Israel ameaça o futuro dos reféns sequestrados em 7 de outubro, há manifestações diante da casa do chefe de governo em Telavive para exigir que o governo volte a negociar.

Um acordo com a Autoridade Nacional Palestina com base no plano de paz dos EUA e dos países árabes permitiria libertar os reféns criar uma Palestina independente, acabando com 56 anos de ocupação e 75 anos de guerra, e isolaria o Irã e milícias aliadas

Ao atacar três países – Iraque, Síria e Paquistão – nesta semana, o Irã provou que tem capacidade ofensiva para atacar em todo o Grande Oriente Médio, e atingir Israel, que considera o arqui-inimigo da Revolução Islâmica, ao lado dos EUA.

NOTA: Depois da gravação, chegou a notícia de que Israel matou quatro comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana num bombardeio a Damasco, a capital da Síria. (Nelson Jobim)

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