Por Simão Zygband
As últimas notícias não foram nada alvissareiras para o governo Lula. O adiamento da votação do PL das Fake News construiu um mar de dúvidas e incertezas e caiu como uma bomba nos ânimos dos governistas. Revelou uma fraqueza e uma desarticulação no Congresso para aprovação de projeto tão importante para o país. Isso sem contar com a inabilidade na formulação do próprio texto, que desagradou gregos e troianos.
Em uma cajadada, impedindo que o PL fosse a votação, a extrema direita conseguiu por em cheque a capacidade de construir um consenso em torno do projeto, colocando em dúvida não apenas a qualidade do trabalho do relator Orlando Silva (PCdoB), como evidenciando as dificuldades de construir uma articulação em temas complicados no Congresso Nacional. Demonstrou incapacidade de ganhar a narrativa em defesa da proposta, que a oposição conseguiu caracterizar como o PL da Censura. Sobrou porrada pela todos os lados, inclusive para o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. Um dia indigesto para o governo.
O Portal 247, praticamente encabeçou uma lista de comunicadores progressistas que se posicionaram contra a atual formulação do PL das Fake News, na forma como ele foi relatado por Orlando Silva. “É um projeto de sabotagem contra nós para favorecer a Globo, que colocou dutos de dinheiro atrás do Lula e exaltou o Moro”, criticou o youtuber Ronny Teles. “O Orlando está colocando coisas absurdas nesse projeto para favorecer a Globo. Todo dia ele está no Jornal Nacional. Está deslumbrado”, analisou o comunicador João Antonio, editor do Click Política. O próprio Leonardo Atucch, publisher do 247, não poupou o ex-ministro do PCdoB.
A falta de clareza na divulgação do PL das Fake News sobrou para o ministro Paulo Pimenta: “O adiamento da votação do PL das Fake News é uma prova de inépcia. A Secom não conseguiu mobilizar as pessoas, os perfis progressistas a favor do documento. Quem agiu foi Flávio Dino, quem falou foi Flávio Dino, quem pôs a cara a bater foi Flávio Dino. A Secom fez somente uma postagem sobre o tema hoje, num dia crucial ao projeto e ao governo, que precisa da regulação da indústria do ódio e da mentira das big techs. Há um monte de perfis progressistas que poderiam ser arregimentados para uma ação coordenada em relação ao tema. Nada, nihil, niente, nothing. A democracia perdeu essa batalha. E o governo mostrou fraqueza, o que é péssimo porque está na mira do bozofascismo, do agronazi e das big techs.
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