Por Simão Zygband
Estive ontem com um grande amigo jornalista. Um sujeito que atua muito na área do jornalismo investigativo. É daqueles que acredita que a profissão é um sacerdócio e que não importa o risco de buscar informações. É um exímio pesquisador de dados de internet, de vídeos, de tudo aquilo que trafega pelas redes sociais. Não sei se não está um tanto paranoico, como muitos de nós estão, mas o que seria do mundo se não fossem estes tipos obstinados, que descobrem que de fato existem pelos em ovos?
Evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado com setores de centro, é o franco favorito para vencer as eleições de 2 de outubro. É uma referência de bom governo, que promoveu o crescimento econômico do país e de fato melhorou a vida do povo. Ricos e pobres ganharam dinheiro com Lula na presidência e milhões de brasileiros saíram da miséria, através de implantação de programas sociais. Bem diferente do desastre completo que se assiste hoje.
O elemento que atualmente ocupa ilegalmente a cadeira presidencial sabe que não vai ganhar as eleições. Em condições normais de pressão e temperatura, não existem possibilidades políticas e econômicas que o façam reverter os milhões de votos que o seu adversário têm na frente. É uma vantagem robusta, que se mantêm há meses em um patamar elevado, acima dos 40%, com chances inclusive de vitória no primeiro turno.
Para desgosto do elemento que se diz atualmente presidente da Repúblicas, Lula está feliz, recém-casado com uma pulsante companheira, tem apoio de praticamente toda a classe artística e não há um único show sequer que a plateia não vá ao delírio com o “Fora Bolsonaro” ou “Bolsonaro vai tomar no **”. A felicidade é tudo que estas pessoas de alma nazifascista mais detestam. É o segredo da longevidade, dizem os orientais. Como não conseguem ser feliz, os invejosos conservadores planejam a infelicidade alheia. É fundamento da psicanálise, teoria da psicologia de massas.
Lula, enfim é uma festa. Demonstra a alegria de estar novamente em liberdade, após passar 580 dias em constrangedora prisão ilegal. E este sentimento contagia a campanha do ex-presidente, que é o mais importante para qualquer vitória. Tudo seria muito bom se não existisse o lado de lá com a característica pouco palatável de pessoas que não prezam a democracia, que fazem todo e qualquer movimento para manter seus interesses mesquinhos, mesmo que para isso seja necessário novamente jogar milhões de brasileiros novamente na miséria, o que de fato já está acontecendo.
As pesquisas do meu amigo jornalista (voltando a ele) mostram que a extrema direita não aceitará tão fácil a vitória de Lula. Há muitos interesses envolvidos para a manutenção de atual (sic) presidente no poder. O capitão reformado une em torno de si uma amálgama do mal que não apenas ele conseguiu construir (até por que não tem capacidade intelectual para isso), mas recebe importantes reforços internacionais que não querem ver Lula na presidência. E não medirão esforços para isso.
Não é a toa que o todo poderoso Elon Musk, o homem mais rico do mundo, esteve no Brasil para fechar acordos para atuar na Amazônia. Lógico que ele tem interesse nos minérios existentes naquela região, sobretudo em reservas indígenas. Justamente ele cuja família enriqueceu explorando jazidas de diamantes em pleno Apartheid, na África do Sul. Um homem, portanto, de formação (deformação?) escravocrata. Está pouco se lixando se para tomar os minérios no Brasil seja necessário dizimar os indígenas.
Isso é só a ponta do iceberg. O atual presidente pretende sim melar as eleições caso não saia vitorioso. Mas, antes disso, utilizará todos os meios possíveis e imagináveis para inviabilizar Lula. Há muito dinheiro interno e externo para regar a campanha do atual elemento que desgoverna o país. São milhões de dólares e reais oriundos dos interesses mais diversos, como os que almejam os minerais da Amazônia, o petróleo brasileiro, a venda de armas no Brasil (indústria bélica), poderosos grupos nazifascistas mundiais, milícias organizadas, o narcotráfico, empresários que lucraram com a quebra da economia nacional, militares que nunca ganharam tanto dinheiro e que ocupam cargos na máquina de governo regiamente remunerados, entre outros tantos grupos.
É tudo isso que a felicidade de Lula e seus milhões de admiradores e eleitores enfrentarão em outubro. É necessário mais do que impor-lhes uma robusta derrota nas urnas, mas se preparar, de fato, para defender o Brasil.