que me ensinou, desde sempre,
que há luz no mais profundo silêncio e que é possível enxergar com ‘olhos’ de ver.
A todos que voltaram a olhar pelos seus olhos e ensinamentos.
Por Carlos Monteiro
Para Sempre*
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
— mistério profundo —
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
*Carlos Drummond de Andrade, in ‘Lição de Coisas’
Carlos Monteiro é Jornalista, Fotógrafo, Filho de Margarida.Eternamente…
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O amor é celular. Viva Margarida, que vive em você, em nós…
Carlos, espero que esteja bem, na medida do possível. Bela homenagem a Dona Margarida. Ela olha por você, esteja certo. Conte comigo quando precisar.
Grande abraço.