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Tarcisio e Derrite incentivam banho de sangue na PM de São Paulo

Da Redação

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A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann considera ser cada vez mais graves os sinais de violência e truculência das Polícias de São Paulo, desde que o governador Tarcísio de Freitas nomeou o coronel bolsonarista Guilherme Derrite para a Secretaria de Segurança do Estado.

“Derrite derrubou todo o comando da PM e instalou coronéis da truculenta Rota nas chefias, o que foi criticado por criminalistas e até nos editoriais da imprensa paulista”, relata ela.

Na noite de domingo, depois da manifestação dos bolsonaristas na avenida Paulista, diz Gleisi, “o secretário de Segurança decidiu na marra que 750 mil pessoas teriam ido ao ato antidemocrático, cálculo que a PM havia deixado de fazer há tempos, pelos óbvios riscos de manipulação”.

E na madrugada, continuou ela, o perfil oficial da Polícia Civil repostou ataques ao presidente Lula e ao governo federal. “Instituições de segurança na mão de bolsonaristas são um risco para a democracia”, analisa ela.

Ministério Público

A deputada estadual Ediane Maria, do  PSOL,  acionou o Ministério Público para pedir que Derrite seja investigado por aumentar em quase um terço o número de assessores PMs à disposição dele na pasta. No meio policial, esse contingente foi batizado de “exército de capitães de Derrite”.

O efetivo de assessores PMs aumentou em 32% na gestão de Tarcisio de Freitas. Eles foram tirados das ruas ou acumulados em um determinado batalhão em detrimento de outros.

A deputada cita como exemplo a convocação de agentes da PM “de diversos batalhões para participarem da Operação Escudo, ocorrida entre os meses de julho e setembro de 2023 na Baixada Santista, e que foi repetido na Operação Verão”.

“O dinheiro público deve ser gasto para garantir a segurança da população, o que se faz a partir de critérios técnicos, e não ao sabor das inclinações pessoais do secretário”, afirma ela.

No documento enviado ao MP-SP, a deputada cita também uma série de trocas na cúpula da PM realizada por Derrite, que incluiu a exoneração do número 2 da corporação, o coronel José Alexander de Albuquerque Freixo.

Segundo informações, Freixo era um dos críticos das operações policiais letais na Baixada Santista e, por outro lado, defensor da ampliação do programa de câmeras corporais na tropa.

A quantidade de óbitos com a chamada Operação Verão na Baixada Santista, com a morte de 38 pessoas, torna-a como a segunda ação mais letal da história de São Paulo, só superada quando 111 presos foram mortos durante a invasão da Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992.

 

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