Por Adriana do Amaral
O sete de setembro de 2021 será um dia para não esquecermos. Também, é preciso registrá-lo na história do Brasil, pois o futuro próximo de todos os brasileiros estará relacionado a ele.
Não há consenso, apesar de articulistas afirmarem que o atual presidente da República sofreu a sua maior derrota desde que eleito. Muito se falou, a maioria nas ruas eram pelo estado de direito, mas as instituições ainda estão devendo respostas ações concretas a respeito.
Jair Bolsonaro pintou e bordou e ameaçou e polemizou, como é do seu feitio. E, para isso, gastou dinheiro público a rodo. Usou equipamento militar para sobrevoar a capital federal e para viajar ao centro econômico do país, São Paulo. Bradou, gritou.
A minoria concordou, mas ele foi ouvido por todos. As ameaças são graves, e não geraram as respostas devidas.
A incerteza paira no ar, ecoando as palavras do presidente. Alguns dizem serem bravatas. Outros, o grito do desesperado… O que sabemos é que o prejuízo cresce Brasil afora.
A variante #Delta do #coronavirus ameaça as nossas vidas, os preços dos alimentos e tarifas públicas ameaçam as nossas vidas. Os retrocessos nos direitos sociais ameaçam as nossas vidas. O norte neoliberal ameaça as nossas vidas…
Enquanto isso, a economia do país míngua.
Qual marca quer investir num país sem rumo?
E a elite econômica e política brasileira mantém os pés nas duas canoas.
O futuro, quem sabe, não é mesmo?
Não há clima para golpe? Teremos tempo para uma reação?
O mundo assiste de camarote o navio brasileiro à deriva. Monte de corvos esperando a hora de lucrar um pouquinho com a carcaça.
Os otimistas diriam: calma! É só uma ameaçazinha… Um ditadorzinho…
Mas, não podemos nos esquecer do nosso passado: num dia, invadiram nosso jardim para roubar uma flor singela; noutro pisoteiam nalguns de nós para sufocar as nossas gargantas… Está difícil respirar o ar poluído de tanta catástrofe do Brasil.
Por enquanto, a nossa liberdade não está ameaçada e essa é a nossa única arma. O grito coletivo ecoa mais longe. Mas, sabemos que para escrever uma história de paz, inclusão, promoção e justiça social é preciso ações diárias, concretas e que jamais podemos ignorar os sintomas do ódio entre nós.
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Excelente texto. Mas, não podemos nos esquecer do nosso passado: num dia, invadiram nosso jardim para roubar uma flor singela; noutro pisoteiam nalguns de nós sufocar as nossas gargantas… Está difícil respirar o ar poluído de tanta catástrofe do Brasil.
Pergunto-me diariamente, Galvão: como pudemos involuir assim, tão rapidamente?