Por Simão Zygband
No debate de ontem na TV Cultura, onde um deprimente espetáculo de arena romana tomou os holofotes, nada mudará muito, Pablo Marçal é o cavalo na sala, mas o grande embate mesmo é entre Lula e Bolsonaro, Boulos x Ricardo Nunes.
É para onde tudo se encaminha, mesmo com Datena tendo dado uma cadeirada no estelionatário, rato que surrupia recursos de velhinhos desavisados, se passando por funcionário bancário, roubando senhas para promover o butim para sua quadrilha. Teve a manha ainda de se transformar em coach, tornando-se referência para os otários.
As eleições são extremamente profissionalizadas e em geral com resultados previsíveis, como no Rio de Janeiro e em Recife, que praticamente já estão definidas e levarão à reeleição dois apoiadores do presidente Lula; Eduardo Paes e João Campos.
Mas, curiosamente, nestas de 2024, para prefeitos e vereadores, tudo pode acontecer. Em São Paulo, por exemplo, as pesquisas de intenção de votos mostram um empate tríplice entre Guilherme Boulos, o “fuinha”, o excrementíssimo prefeito de São Paulo, o homem do piche podre (asfalto novo de má qualidade sem sinalização, inacabado e feito nas coxas) e o coacla (coach?) Lamaçal.
Alguns afoitos dão como certa a vitória do péssimo gestor, o vice que se tornou prefeito à sombra de Bruno Covas, que não era tão ruim como o fardo que carregou, sobretudo se utilizando de um recall de seu avô Mário Covas, este sim um nome respeitado na política paulista, tendo sido prefeito e governador de São Paulo.
O que ele trouxe junto dele, surfando na popularidade do avô e um pouco da sua é, um sujeito extremamente desqualificado, um jabuti que subiu na árvore e não sabe como chegou lá.
Eu mesmo fui membro do Conselho Municipal do Livro, Literatura, Leitura e Biblioteca (PMLLLB) e tive a oportunidade de sentir o fosso de diferença (chega a ser gritante mesmo, sobretudo em termos de qualidade), entre Bruno e Ricardo Nunes. Quase da água para o vinho.
Ricardo Nunes é um prefeito medíocre, o lado mais traíra do bolsonarismo. Foi um desastre nos seus anos de gestão. Ruas imundas, abandonadas, tomadas pelos milhares de moradores de rua multiplicados no (des)governo de seu “mito”, Jair Bolsonaro.
Só em um dos setores, o da Educação, Nunes deixou de investir R$ 2,5 bilhões para reforma e construção de escolas, ocasionando uma pífia execução orçamentária em 2023, nem sequer atingindo os 30% que exigidos por Lei ( utilizou apenas R$ 14,7 bilhões dos R$ 16,4 bilhões que tinha à sua disposição, ou apenas 22,4% do que deveria ter sido empregado). Pura incompetência, aliás, uma marca da sua péssima administração.
O péssimo prefeito tem um telhado de vidro gigantesco e pode ser batido sim por Guilherme Boulos (50) em um eventual segundo turno. As cartas estão na mesa. Muitos acreditam que por possuir a máquina nas mãos, Nunes leve certo favoritismo. Mas no debate de ontem da TV Cultura, antes mesmo da cadeirada, o candidato do presidente Lula se mostrava extremamente preparado, batendo firme na linha da cintura do fuinha.
Tenho a impressão que ele é “queixo de vidro” e será derrotado por Boulos que tem se mostrado um candidato robusto, que bate duro de esquerda, bom de debate. O povo deve gostar de sua postura firme e decidida.
A conferir.
Simão Félix Zygband é jornalista e editor do site Construir Resistência
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