Construir Resistência

1 de setembro de 2024

Sueltos da Internet – por Simão Zygband

Da Redação    Marçalândia Estou à beira de um lago, em um restaurante de peixes maravilhosos, em Santa Tereza de Goiás, 36 graus à sombra. O lugar é lindo, a comida, ótima, mas é impossível conversar. Duas caixas de som explodem música sertaneja da pior qualidade em alto volume. Há crianças por toda parte, mas as letras das músicas versam, basicamente, de homens e mulheres que, completamente bêbados, ligam uns para os outros, durante a madrugada, com saudade de seus respectivos relacionamentos abusivos. Há também as canções sobre posições sexuais mais adequadas para satisfazer as novinhas, sem falar nas receitas de viagra e tadalafila para os velhos se garantirem nos puteiros da vida. É uma vizinhança massivamente bolsonarista, religiosa, anticomunista, que mede o sucesso alheio pelo tamanho da camionete e, reparo agora, tem um fraco por cílios postiços e óculos de policial civil. A meu ver, a única maneira de salvá-los de si mesmo seria desligar o som e enviá-los, de imediato, para campos de reeducação no Araguaia. Leandro Fortes– Brasília/DF Máfia A máfia italiana sempre perseguiu jornalistas. Mas também contou com o suporte de jornalistas fascistas. Os italianos sabem. Máfias cercam jornalistas, juízes, promotores. Muitas vezes com a ajuda de jornalistas. É o que já acontece no Brasil. Alexandre de Moraes é cercado por gângsteres que têm o apoio de certos jornalistas. Moisés Mendes – Porto Alegre/RS Palestina A simplificação do espaço político como embate civilizacional e moral privilegia a extrema-direita. O apagamento do espaço da política e a própria negação da possibilidade de existência de Israel é um discurso que favorece, justamente o fascismo, o Kahanismo e seus aliados. A luta pelos direitos nacionais e humanos dos palestinos deve estar no campo da política. Isso se dá com pressão política e econômica, valorizando também vozes dissidentes e a racionalidade de setores da sociedade israelense e das comunidades judaicas que se colocam no campo progressista. O Estado de Israel precisa pagar pelos crimes perpetrados não apenas por seu exército em Gaza, mas também pelos colonos que ocupam ilegalmente a Cisjordânia. A criação da Palestina como Estado é necessária e urgente. Michel Gherman – Rio de Janeiro/RJ     Fortaleça o Construir Resistência   Sempre é hora de ajudar a combater o fascismo e a extrema direita. Ainda mais em anos eleitorais. Ajude a financiar este site que tem lado e história de luta. Já são três anos e meio dando a cara a tapa. Pix para o editor do Construir Resistência, Simão Zygband 11 911902628 (☝️copie e cole este pix) http://www.construirresistencia.com.br Veja neste link as nossas notícias☝️    

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Agora é Boulos!

Por Frei Betto Guilherme Boulos é meu candidato a prefeito de São Paulo. Somos amigos há anos. Com a turma do MTST, participou de oficinas de educação popular que monitorei. Seu depoimento fecha com chave de ouro o documentário “A cabeça pensa onde os pés pisam”, dirigido por Evanize Sydow e Américo Freire, sobre minha trajetória pedagógica. Não apenas a amizade, selada pela confiança, me faz votar em Boulos. Seu programa de governo, superior aos dos demais candidatos, é calcado nas necessidades prementes da capital paulista. Não vou repeti-lo aqui. Está na internet e nas redes. Boulos conhece a cidade, a periferia, as favelas, e não apenas de cima do avião ou do helicóptero. Conhece porque luta, há anos, para que todos tenham direito à moradia. E o candidato do PSOL se faz acompanhar por sua vice-prefeita, Marta Suplicy (PT), a “mãe” dos CEUs (Centros Educacionais Unificados). Nas pesquisas, ela se destaca como a melhor prefeita da história de São Paulo. O eleitor anda, com razão, decepcionado com a política e os políticos. Muitos ignoram que a política está em tudo, embora nem tudo seja política. Do valor do transporte coletivo ao do salário-mínimo, tudo depende da política em vigor no município, no estado e no país. Todos sabemos que muitos ingressam na política profissional em busca de riqueza, prestígio e poder. Tratam o eleitor como imbecil. Como as sereias de Ulisses, o encantam com seus discursos e promessas demagógicas e mentirosas. Sobretudo o candidato que parece disputar um campeonato de luta livre sem regras: xinga, ofende, estrebucha, sem qualquer ética. Boulos é rigorosamente ético. Nas eleições de 2022, foi o deputado federal mais votado do estado de São Paulo, eleito com mais de 1 milhão de votos! Não haverá de se dobrar à máfia das empresas de ônibus (muitas ligadas ao PCC), fazer vista grossa diante dos fiscais da Prefeitura que achacam comerciantes ou dos guardas municipais que praticam violências a pessoas supostamente suspeitas (em geral, negros e pobres, como manda o estatuto do racismo). São Paulo é uma cidade abandonada. Nos bairros de mansões e apartamentos de alto luxo, tudo reluz a ouro. No centro histórico e na periferia, o caos. Agora, na véspera da eleição, o prefeito decidiu recauchutar a cidade, aflito, em busca de votos, sem apresentar medidas para as questões mais importantes, como moradia, saúde, educação, saneamento e segurança municipal. Prefeito e governador não sabem o que fazer frente à cracolândia e ao crescente número de pessoas e famílias em situação de rua. Boulos sabe. Vem para administrar, não para enganar. Se queremos um futuro melhor para os 12 milhões de habitantes da capital paulista, o caminho tem nome: Guilherme Boulos! Frei Betto é escritor, autor de “Jesus militante” (Vozes), entre outros livros. Livraria virtual: freibetto.org  

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