Por Nelson Franco Jobim – Quarentena News
Quando os país da pátria escreveram a Constituição dos Estados Unidos, em 1787, era o primeiro país a eleger seu chefe de Estado.
Então, criaram o Colégio Eleitoral para a elite ter a palavra final e evitar que um tresloucado chegasse à Presidência.
Hoje é exatamente este sistema que ameaça levar Donald Trump, um notório fascista, de volta à Casa Branca.
Com a mudança demográfica, é cada vez mais improvável que o Partido Republicano ganhe no voto popular. Isto estimula o autoritarismo e ameaça a mais antiga democracia do mundo.
O Colégio Eleitoral tem 538 delegados, o número de deputados e senadores do Congresso, que tem 435 deputados e 100 senadores.
Os outros três são representantes do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital. Eles têm direito a voz, mas não a voto na Câmara dos Representantes. Ganha quem conquistar pelo menos 270 votos no Colégio Eleitoral.
Na eleição de Jimmy Carter, em 1976, 40 estados poderiam eleger um republicano ou democrata.
Com a polarização política do país, especialmente depois que Ronald Reagan atrelou o Partido Republicano à direita religiosa, este número foi diminuindo.
Hoje, acredita-se que a eleição será decidida em sete estados-chaves ou estados-pêndulos, que podem ir para um lado ou para outro.
Duas vezes, no século 19, o vencedor não ganhou no voto popular.
Isto só voltou a acontecer no ano 2000, quando George W. Bush ganhou a eleição na Flórida, governada por seu irmão Jeb Bush, que organizava a votação, por uma diferença de 537 votos, com fortes suspeitas de fraude.
Desde então, os republicanos só venceram no voto popular com o mesmo Bush, em 2004, quando o país estava em guerra, o que tende a favorecer o presidente, com uma campanha de notícias falsas questionando a medalha de honra que o candidato democrata, John Kerry, ganhou pela Guerra do Vietnã.
Com a mudança demográfica e o aumento da população não branca, cada vez mais os republicanos dependem do Colégio Eleitoral e isto alimenta o autoritarismo e o fascismo.
Nelson Franco Jobim é jornalista com especialização em Jornalismo Internacional e professor universitário