Por Simão Zygband

As peripécias do menino Neymar, um tipinho estranho que agora investe em privatização das praias, tornando-se um especulador em benefício próprio das riquezas brasileiras, bem demonstra o perfil dos apoiadores do extremista Jair Bolsonaro, que só pensam em encher os bolsos em detrimento dos anseios da maioria da população.
Neymar e Luciano Huck são representantes de um tipo de gente que quer lucrar sobre as riquezas naturais que pertencem a todo o povo brasileiro. E quando se permite a especulação, atrás de projetos que visam exclusivamente o lucro, passa todo tipo de especulador que, muitas vezes, nem dá para se chamar assim.
Haja vista a terra de ninguém que se transformou a Amazônia, depois que o desgoverno do negacionista Bolsonaro, ídolo dos dois predadores, passou a boiada na Amazônia, liberando terras indígenas para o garimpo ilegal, onde a criminalidade acabou tomando conta e culminou com a morte do indigenista Bruno Araújo Pereira, ao lado do jornalista Dom Phillips, correspondente do jornal inglês The Guardian. Bruno era ex-funcionário da Funai, defensor dos povos indígenas e atuante na fiscalização de invasores, como garimpeiros, pescadores e até traficantes. Foram assassinados e tiveram seus corpos cruelmente queimados.
O jogador, que foi um dos apoiadores aberto do extremista Jair Bolsonaro, chegando a defender a candidatura do miliciano em sua propaganda eleitoral, é o responsável pelo financiamento e construção de um empreendimento bilionário que visa privatizar 100 km do litoral nordestino se valendo da eventual aprovação no Congresso Nacional da PEC 3/2022, encabeçada e defendida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Uma excrescência que pode culminar, inclusive, com a cobrança de ingressos para frequentar as praias brasileiras, já que elas se tornarão propriedade dos especuladores imobiliários, onde pretende investir o esnobe ex-atleta da seleção brasileira.
Já Luciano Huck é um dos primeiros especuladores da ilha de Fernando de Noronha, construindo uma pousada em sociedade com os empresários Pedro Paulo Diniz, João Paulo Diniz e José Gaudêncio. Eles conseguiram autorização de funcionamento sem autorização do Ibama, descumprindo ordem do Judiciário e a falta de licenciamento. Gastaram uma fábula para explorar o lugar paradisíaco, sem contrapartida ambiental e agindo de maneira ilegal.
Simão Zygband é jornalista, editor do site Construir Resistência, com passagens por jornais, TVs e assessorias de imprensa públicas e privadas.
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