Lula, Venezuela, Rússia, China, eleições nos EUA e São Paulo

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Por Simão Zygband

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Não li em nenhum lugar que eleições tenham sido auditadas como se pretende fazer na Venezuela. O que o regime venezuelano tem de diferente do colombiano, peruano, equatoriano, costariquenho, paraguaio? Em qual destes países o poder econômico não manipula o processo eleitoral ou não há juízes parciais como Sérgio Moro, que no Brasil criou as condições para eleger o famigerado extremista Jair Bolsonaro.

Não me lembro, sinceramente, que outros países tenham procurado intervir ou duvidado do processo eleitoral brasileiro, quando foi ilegalmente preso o principal candidato à presidência da República. Alguém veio aqui questionar as eleições e sua legalidade quando apeou ao poder o indecente Jair Bolsonaro?

O presidente Lula e os outros países não deveriam meter o bedelho nas questões internas da Venezuela. Não é certo, Nem Nicolás Maduro, nem ninguém iria gostar. Por que as eleições naquele país são ilegítimas, ilegais, envoltas em dúvidas de fraude, enquanto nos outros países não? Por que lá existem dúvidas e outras nações, não?

São perguntas que precisam ser respondidas. Por que o Brasil precisa pedir uma outra eleição na Venezuela? Isso não seria interferência externa nas questões internas de um país livre e soberano? Só por que eles se consideram bolivarianos e isso parece assustar pessoas pouco afeitas à feição de governantes como Nicolás Maduro e Hugo Chavez, que possuem o cheiro do povo e são defendidos e defendem os desvalidos venezuelanos.

Maduro não interessa a Washington e aos banqueiros, que se acham os donos do mundo. Tem muito petróleo. O presidente venezuelano é obrigado a aguentar encheção de saco dos americanos e uma trama golpista para derrubar um governo democraticamente eleito. O regime de Maduro deve ser, ao menos, tolerado pelo governo. O partido do presidente brasileiro já reconheceu a vitória de Maduro.

Evidente que não é exemplar. Possui mesmo este ar mesclado de populismo militaresco. Enfrenta muitas dificuldades e resistências. A má vontade norte-americana com o país é notória, onde as dificuldades são financiadas. O boicote é real e profundo, aprofundando a pobreza na Venezuela. Apesar de tudo isso, o país é ainda o exemplo de resistência contra o imperialismo. Isso sempre deve ser levado em conta. Afinal, não são os EUA que financiam as mãos assassinas de Benjamin Netanyahu?

Lula deve se preocupar menos com a Venezuela, tirando Celso Amorim de qualquer tipo negociação que envolva a Venezuela e se alinhar com China, Rússia e Cuba e outros nove países, reconhecendo a eleição de Maduro.

Espero, sinceramente, que este seja também o lado do nosso presidente. Pelo meu, tenho certeza, que votei nele por ele possuir boas relações com o governo chavista e também com tantos outros. Deve sim, dedicar todo seu foco para ajudar a eleger a nova presidenta norte-americana, Kamala Harris e o seu candidato, Guilherme Boulos, como prefeito de São Paulo. Parada indigesta.

 

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