Por Anderson França
A grande maioria da população não se preocupou com a chamada chuva de cinzas que ocorreu neste domingo, 22 de agosto,atingindo grande parte da Capital, ABC e outras cidades da Grande São Paulo e municípios próximos do Interior.
A causa um incêndio provocado por um balão que está dizimando a última reserva de cerrado no Parque Estadual do Juquery.
O Domingo de Cinzas deveria ser um alerta, um pisca de preocupação reinante, mas no cenário atual de egocentrismo, egoísmo e falta absoluta de solidariedade, fica o lamentável e medonho episódio, registrado sem a devida importância, afinal extermínio de fauna e flora não rende voto, tampouco motivo para alardes coletivos. Mas, se tudo só funciona na base do susto: partículas de fuligem, na década de 80 e 90, com a nomenclatura de carvãozinho, oriunda de queimadas na região de Ribeirão Preto, com aval e análise da Ciência, foram consideradas como cancerígenas e incidência de câncer no cenário, então da Alta Mogiana.
Assim, estudos recentes e pesquisas científicas vindas de Centros importantes da Europa concluíram o seguinte: partículas de fuligem podem chegar a parte interna da placenta. Neste circo de horror, ninguém está imune aos prejuízos da poluição.
Acreditem, poupem-se se realmente tem amor no coração de pedra e alma urbanóide e espírito satânico de androma seus futuros descendentes, fetos de hoje ou amanhã na barriga da mãe.
O novo tabaco é invisível aos insensíveis e gananciosos, o ar que todos nós respiramos é o mesmo, hoje um domingo de cinzas com ar tóxico e cancerígeno. Outro aviso importante: o ar tóxico, carvãozinho ou chuva de cinzas, partículas de fuligem ou qualquer outra denominação atual tem impacto na saúde de pessoas mais vulneráveis, no caso o futuro de qualquer País, as crianças!!!
Se assustei alguém, valeu a intenção. Não é brincadeira: enquanto houver Sol é preciso defender a Natureza para garantir sobrevivência. A Revista Nature Communications é científica, um argumento vital para aqueles que desdenham jornalistas. Sou um rolo de jornalista e sempre ambientalista, na minha época, ecochato, ecologista, sou filho da terra, respeito e amo Gaia, que não é e nunca foi só translação e rotação, é ser vivente com mais de sete bilhões de artérias. Todos nós fazemos parte do contexto. Gaia pulsa e respira. Pensem por um segundo em vossos filhos, netos, bisnetos…Paz e bem .
Anderson França é jornalista e ambientalista
Foto do site do deputado Maurici (PT)