A dialética de Madonna

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Por Gilson Ribeiro 

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A apresentação da Madona na praia de Copacabana, no dia 4 de maio de 2024, um dia será estudada. Mesmo que seja por robôs, na Universidade de Michigan, com uma inteligência artificial mais esperta do que algumas reais. Fato que, dessa forma ou outra, foi um show histórico. Eu, vendo o espetáculo, brinquei comigo mesmo, e escrevi, que era um teatro milionário que reunia o Teatro Oficina com o psicanalista francês Lacan. Gerald Thomas na primeira fila babando. Foi Broadway? Não. Foi um concerto? Tampouco. Foi delírio. INSISTO: um grandioso espetáculo de TEATRO. Nunca visto com tamanha plateia. Ali, muitos apaixonados por ela, não sacaram um quarto da apresentação mostrada. Os dos quintos, ah, esses não sacaram nada! Nada! Do vestuário, das citações, da história ali sendo contada. Amei ver as reações hoje. Muitos botaram a cara. Cara suja, caretas, alguns conheço bem, dando de moralistas tacanhas quando já estive com alguns na zona. E vi como se comportaram. A Madona fez sim um cismo. A chamada esquerda, burra e decadente detestou. A vista como direita, nojenta e falsa moral, vomitou. Então viva o show. Saravá.

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Gilson Ribeiro Oliveira – jornalista

 

 

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