Os silêncios e os surtos que ninguém quer ver

Por Beta Bastos

A morte de Paulo Frateschi é uma tragédia que atravessa o país pelo absurdo e pela dor.

Ex-deputado do PT, dirigente histórico e amigo pessoal de Lula, Frateschi foi esfaqueado pelo próprio filho em São Paulo.

A mãe tentou intervir e também ficou ferida. Ele não resistiu.

Mais do que uma notícia, o episódio expõe as fraturas silenciosas das famílias brasileiras.

Nenhum legado político, nenhuma biografia pública é imune à dor privada.

Por trás das siglas e das disputas ideológicas há um homem, uma família, e uma tragédia que escapa a qualquer explicação simplista.

Paulo Frateschi foi uma figura importante na construção da esquerda paulista.

Militante desde os anos 1980, participou da fundação de diretórios, campanhas e debates sobre democracia e desigualdade.

Hoje, o Brasil perde um dos seus quadros mais humanos, num cenário que mistura o drama familiar com o colapso da saúde mental e o esgotamento emocional de uma sociedade adoecida.

A política se constrói no coletivo, mas a dor é sempre individual.

O país que Paulo ajudou a construir precisa, mais do que nunca, olhar para o sofrimento que corre dentro das casas, nos silêncios e nos surtos que ninguém quer ver.

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Respostas de 2

  1. E precisamos olhar para essa mulher e mãe que assistiu toda essa tragédia. Que perdeu seu companheiro e ver seu filhos ser preso. A dor que ela está sentido nos aflige, pois são as mães que perdem e precisamos ser solidária a essa mulher.
    Hoje é um dia de lamentarmos e muito essa tragédia. Paulão presente e sempre.

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