Obra do poeta Haroldo de Campos foi jogada em um depósito

E se move um processo vergonhoso contra o denunciante, Frederico Barbosa

Frederico Barbosa é o principal responsável pela criaçāo da Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, que por mais de dez anos abrigou a biblioteca do poeta paulista, um dos mais importantes acervos do país.

Sob a sua gestāo, a Casa das Rosas promovia, todas as semanas, recitais de poesia, debates, palestras, exposições, festivais literários e outras atividades.

O espaço se tornou uma referência internacional. Após o seu injusto afastamento, por ações de bastidores, esse importante centro cultural (assim como a Casa Guilherme de Almeida e outros equipamentos culturais do estado) vem sendo destruído por dentro.

Foram extintos o Centro de Referência Haroldo de Campos e o Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida, a biblioteca circulante da Casa das Rosas foi desmontada (onde foram parar os livros?) e por fim o próprio acervo de Haroldo de Campos foi jogado em um depósito em Barueri.

A rica e diversificada programaçāo da Casa das Rosas foi do mesmo modo desmontada e hoje Frederico Barbosa é alvo de um processo judicial por ter denunciado essa açāo demolidora dos bárbaros e fascistas.

Toda a solidariedade ao Fred!

Cláudio Daniel – doutor em Literatura pela USP, poeta e crítico literário, foi diretor adjunto da Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, curador de Literatura e Poesia no Centro Cultural São Paulo

Frederico Barbosa na ABL

Um Homem ridículo que provocaria em Haroldo de Campos um grande desprezo.

Um caso ridículo relativo ao desaparecimento do acervo de Haroldo de Campos, que foi retirado da Casa das Rosas esta em andamento.

Digo “ridículo” porque um profissional que não consegue distinguir o que seja atuação profissional do que seja vida pessoal, parece-ne uma pessoa com comprometimento cognitivo básico.

Dentre as muitas leituras e estudos, falta a este senhor se dedicar a ler sobre as noções básicas do que seja público e privado nos textos de Marilena Chaui.

Considero este processo um tipo leviano de efeito colateral de desmonte porque passa a Casa das Rosas.

Para quem desconhece, refiro-me ao processo de “difamação” impetrado contra Frederico Barbosa, advindo de um sociólogo que está empregado na Poiesis.

A começar por se tratar de um sociólogo e revisor de texto que se considera grande conhecedor de Literatura.

Bom, vale esclarecer que o curso de graduação em Letras tem a duração de quatro anos. Quanto à Poesia, sua Arte maior, a gente fica na Letras estudando teoricamente e passando por exercicios de análise de poetas e suas obras, no mínimo dois semestres e por vezes três semestres de estudo.

Frederico Barbosa, este da foto (acima), sendo ouvido pelo imortal da Academia Brasileira de Letras, Antônio Cícero, foi professor de curso preparatório para vestibular por mais de uma década, poeta contemplado pelo Prêmio Jabuti por duas vezes e idealizador do projeto da Casa da Poesia, que ele dirigiu por doze anos.

Ele há oito anos tem expressado sua indignação sobre os descaminhos tomados pela Casa das Rosas.

Esta forte indignação que ele, demais poetas e profissionais da área de Cultura e Educação estão sentindo é um direito permitido a todo cidadão de Bem, que sabe que o serviço público tem obrigação de defender seu patrimônio dos mais importantes da cidade de Sao Paulo: o acervo do grande poeta Haroldo de Campos.

Todos nós esperamos que a Justica Brasileira, que anda atabalhoada de processos realmente graves, considere a irrelevancia desta questão logo de cara e deixe este valoroso profissional da Cultura viver em paz.

Ana Lúcia Brandão – é mestre e Doutora em Comunicação e Semiotica, resenhadora crítica da “Bibliografia Brasileira em Literatura Infantil e Juvenil”

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