Da Redação
Na posse de Donald Trump, os donos de big techs tiveram mais destaque do que qualquer chefe de Estado. Esse é o retrato do novo imperialismo digital, onde corporações tentam determinar políticas globais. A soberania nacional não está à venda: para operar aqui, as big techs terão que respeitar as nossas leis.
Rui Falcão – deputado federal PT/SP
Água na euforia
Uma série de símbolos estão embutidos na pregação da bispa Marann Budde, a primeira pessoa que teve coragem de jogar gelo na euforia da posse de Trump.
Ela pode ser entendida como um presságio de mau agouro para os desmandos de Trump que estão por vir.
Tanto que num primeiro momento o republicano fez que não deu muita bola para a fala da sacerdotisa mas, mais tarde, com a ficha caída, ele passou a xingar mais a bispa.
A fala é simbólica na medida em que antecipa as reações do mundo aos impulsos de um presidente insano, empenhado em espalhar o ódio mundo afora.
Outras bispas virão, quem sabe mais virulentas. Mariann Budde pode ter sido apenas um presságio, feito aquelas aves de maus futuros que pousam em certos palácios.
Veludo Carvalho – jornalista São Paulo
Saudações nazistas
Depois de nos revoltarmos com lideranças da extrema-direita fazendo saudações nazistas na posse do Trump e nos assustarmos com a passada de pano do Relatório da Liga Antidifamação (ADL) e o silencio de entidades judaicas, é bom lembrar: Partidos como AFD (partido de tendência nazista alemão) apoiam hoje as politicas do governo de Israel.
Hoje, ministros de israel usam teses conspiracionistas nazistas para atacar judeus de esquerda no mundo inteiro.
Vide Amichai Shiklin em suas falas conspiracionistas e antissemitas contra entidades judaicas progressistas.
Hoje, o governo de israel não somente fortalece a extrema direita neonazi, como também colabora com ela.
Pronto, Benjamin Nethanyahu sai abertamente em defesa de Elon Musk no caso do gesto nazista, tratando-o como “grande amigo de Israel”. O sucesso neo-negaciosnismo histórico da shoa passa necessariamente pela aprovação atual governo de israel.
Michel Gherman – professor da UFRJ