Da Redação
Na mansão dos diretores na Enel não faltou luz
Veja a repercussão do apagão ocorrido no estado de São Paulo desde a última sexta-feira. Ainda há bairros na capital e em alguns municípios às escuras. É um tiro no modelo de privatização defendida por políticos de direita, como o governador, Tarcísio de Freitas, o prefeito paulistano, Ricardo Nunes e políticos da bancada governista no Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de São Paulo.
A ENEL, empresa privada italiana que opera o setor de eletricidade no estado, não deu conta do recado. Uma das causas de tamanha lentidão no retorno da eletricidade para várias regiões foi o corte drástico de mais de 30% de funcionários. com redução drástica nas equipes de manutenção.
Agora o governador forasteiro, que tudo quer privatizar, espera trazer este padrão horroroso de atendimento para a Sabesp, o Metrô e para outras empresas públicas. É o dinheiro do contribuinte pagando a champagne e o caviar de ricos empresários, as custas de demitir trabalhadores.
É quase certo que na mansão dos diretores na Enel não faltou luz.
Beth Sahão – deputada estadual (PT/SP)
A privatização tem se revelado constantemente ineficaz, com agências reguladoras incapazes de cumprir seu papel de fiscalizar e garantir serviços de qualidade para a população. A falta de punições efetivas para as empresas privatizadas é um problema evidente. Um exemplo disso é o apagão que afetou brutalmente mais de 4,2 milhões de pessoas na capital paulista e em 23 municípios da região metropolitana de sexta até hoje.
A privatização da Sabesp, por exemplo, acarretaria muitos prejuízos para a população. Privatizar não é a solução.
José Antonio Costeira Leite – jornalista
O escândalo Enel teve uma utilidade:
mostrou que um setor gigantesco, como o fornecimento de energia elétrica, não pode ser responsabilidade de uma empresa privada.
Cabe a uma poderosa empresa pública — sob rigorosa fiscalização da população — cuidar do bem-estar estar de milhões de cidadãos!
Contra a privatização do patrimônio público!
Bruno Blecher – jornalista
Parece que poucos se deram conta da gravidade de deixar quase 2 milhões sem energia, em alguns lugares por mais de 40 horas. A cobertura da imprensa, talvez por causa do feriadão, foi pífia. As autoridades estavam mais preocupadas em aparecer na F1. A Enel preferiu culpar as mudanças climáticas. Ninguém dava respostas. Quantas equipes estavam nas ruas? Qual a previsão de retorno da luz? Qual era a estratégia da Enel para resolver a emergência?
Arselino Tatto – vereador
Há três dias a população da cidade de São Paulo está assim, sentindo como se já tivesse passado uma eternidade e nada da Dona ENEL restabelecer a iluminação em diversos bairros que continuam no escuro.
A pergunta é: quem pagará os prejuízos? Comida estragada, comércios fechados e até remédios que dependem de refrigeração foram perdidos.
E há quem acredite que a privatização resolve tudo, tá aí a ENEL mostrando da pior forma que não, não há garantia nenhuma e os serviços prestados continuam uma vergonha!
Veludo Carvalho – jornalista
Agora ficou claro porque a ENEL não obedece lei municipal exigindo o aterramento das linhas de eletricidade. A ENEL recorreu ao STF e ganhou decisão de que a empresa só precisa obedecer lei federal . E a lei federal não exige o aterramento. O despreparo da italiana ENEL para operar no Brasil é tão grande que o porta-voz da empresa, no meio dessa crise, é um italiano que mal fala português!
Ademir Assunção – jornalista e escritor
Desde sexta-feira a situação na minha rua (General Brasílio Taborda, Butantã), é esta: uma árvore caída em cima da fiação e de duas casas. Há dois dias não temos energia elétrica, nem sinal de celular. Não posso dizer que a prefeitura e as companhias privadas de energia elétrica (Enel) e de telefonia celular (Vivo) não fizeram absolutamente nada. Fizeram: colocaram esses cones alaranjados sinalizando que é impossível o trânsito de veículos.
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