Muita força nesta hora, comandante Lula!

Por Simão Zygband

Não é fácil ser o presidente Lula. Haja paciência para aguentar tanta hostilidade.

Se se faz algo, sempre estará mal feito, mesmo estando legal.

As críticas partem de todos os lados. Seja da tal Faria Lima, seja dos pseudos aliados chegados no fogo amigo.

O país atravessa uma grave crise política, talvez sem precedentes. Mal se libertou do bolsonarismo, se é que conseguiu se libertar.

Também enfrenta uma grave crise financeira.

São feridas ainda abertas de 6 anos trágicos do desgoverno Temer/Bolsonaro, agravados pela erupção global do capitalismo.

O chão treme com o declínio do império norte-americano, engolido pelas beiradas pelo crescimento chinês. Os gringos elegeram até um ogro para governa-los. Sintoma do desespero.

Diante deste quadro, o presidente Lula e o ministro da Economia, Fernando Haddad, parecem fazer o que podem, o que está ao seu alcance.

Não possuem força política para enfrentar a tal da Faria Lima, como exigem parte dos seus aliados mais à “esquerda” e tampouco podem ceder completamente à ganância rentista dos banqueiros, para não erodir sua base social.

Não bastasse isso, parte do país assiste indignada (e outra não) o fétido episódio da aventura golpista planejada por bandidos fardados existentes nas Forças Armadas.

Lula é uma grande liderança. O nosso timoneiro. Precisa de nosso apoio para atravessar esta difícil tempestade, tóxica e radioativa.

O pacote tem problemas? Claro que sim. Se não houvessem, não seria necessário sequer lançá-lo. Bastava atender a todos os reclames de todos os segmentos sociais.

Mas na coberta não cabe todo mundo.

Como diz o ditado, em casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão.

Muita força nesta hora, comandante Lula.