Emergências Climáticas e os Impactos na Saúde

As emergências climáticas têm um impacto significativo na saúde pública, afetando diretamente a saúde das populações e a capacidade dos sistemas de saúde de responder a crises. Alguns dos exemplos desses impactos são:

• Doenças Relacionadas ao Calor: Aumento de ondas de calor leva a um maior número de casos de desidratação, insolação e agravamento de doenças cardiovasculares.
• Doenças Transmitidas por Vetores: Mudanças climáticas podem expandir as áreas de distribuição de vetores como mosquitos, aumentando a incidência de doenças como chikungunya, dengue, zika e malária.
• Doenças Respiratórias: A poluição do ar, exacerbada por eventos climáticos como incêndios florestais, pode agravar condições respiratórias como asma e bronquite.
• Segurança Alimentar e Nutricional: Secas e inundações podem afetar a produção agrícola, levando a escassez de alimentos e má nutrição.
• Transtornos de saúde mental: A exposição às mudanças climáticas, sejam os eventos extremos ou as alterações graduais, pode expor ou exacerbar sofrimentos mentais e psicossociais.

Iniquidades e Vulnerabilidades:

• Populações vulneráveis: Crianças, idosos, gestantes, pessoas com deficiência e pessoas com doenças crônicas são mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.
• Populações vulnerabilizadas: Comunidades de baixa renda, populações racializadas (negros, indígenas, povos e comunidades tradicionais), periféricas, migrantes, mulheres, dentre outras, são mais vulneráveis aos impactos as mudanças climáticas.
• Iniquidade em Saúde: As mudanças climáticas podem exacerbar as desigualdades existentes, pois as populações mais vulneráveis/vulnerabilizadas têm menos recursos para se adaptar e responder a esses eventos.

• Trabalhadores expostos: Pessoas que desempenham suas atividades laborais em ambiente externo, seja em áreas urbanas ou rurais, estão mais expostas às ondas de calor e eventos extremos se não houver ações de proteção e segurança, principalmente para vínculos de trabalho precários.

Uma gestão eficaz de desastres, garante que as comunidades estejam preparadas para enfrentar emergências e minimizar seus impactos. Estratégias integradas são fundamentais para enfrentar as emergências climáticas de maneira eficaz, protegendo a saúde e o bem-estar das populações.

A degradação ambiental e a perda de biodiversidade, exacerbadas pelas mudanças climáticas, podem ter impactos negativos na saúde humana e animal. Mudanças no clima podem alterar os ecossistemas, afetando a interação entre humanos, animais e o ambiente, e aumentando o risco de doenças zoonóticas.

Uma só Saúde

É necessária a colaboração entre profissionais de saúde pública, veterinários, ecologistas e outros especialistas para abordar os desafios das emergências climáticas e desenvolvimento de políticas que considerem a interconexão entre saúde humana, animal e ambiental, promovendo uma abordagem integrada para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.