Construir Resistência

Egípcio ganha medalha de ouro honorária

Da Redação 

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Nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984. o judoca egípcio Muhammed Ali Reshwan era um dos competidores. Ele conseguiu passar da fase preliminar e todos ficaram surpresos por ele participar da final. Foi também a primeira vez que o Egito conquistou uma medalha nas Olimpíadas: seria ouro ou prata, dependendo do seu desempenho.

Esta performance despertou o interesse da imprensa em geral e a disputa foi transmitida ao vivo.

Seu adversário na final foi o japonês campeão mundial Yasuhiro Yamashita.

Mas logo no início da luta, algo muito estranho aconteceu. Resoluto naquela luta espasmódica com o adversário, nunca o acertou na perna esquerda, o que não era comum no judô. Reshvan perdeu por alguns pontos. E durante a luta, o mundo inteiro pode ouvir o grito do treinador de Reshvan dizendo a ele: “Acerte-o na perna esquerda.”

Mas Reshvan se recusou. Ele nem tentou marcar pelo menos um ponto dessa forma acertando a sua perna esquerda. Foi assim que os japoneses conquistaram o ouro. A torcida egípcia ficou triste com a perda da medalha de ouro e não entendia porque Reshwan não lutara de forma mais agressiva, estava todo mole e não seguia as instruções do treinador.

Mas logo em seguida foi organizada uma coletiva de imprensa onde um jornalista perguntou a Muhammed Reshvan: “Por que você não seguiu as instruções do seu treinador?”

Reshvan respondeu: “Recebi informações de que o campeão japonês estava lesionado, tinha um corte no ligamento interno do joelho esquerdo, e qualquer golpe mais forte poderia destruí-lo por completo. Mas ele escondeu a notícia e decidiu lutar e se sacrificar porque representa seu país.’

O jornalista continuou com perguntas: “Mas foi uma grande chance para você, era melhor para você ganhar… por que você não aproveitou essa oportunidade e trouxe ouro para o seu país?”

Então Muhammed Reshvan disse: “Minha fé me impede de bater em um homem ferido e arruinar seu futuro por causa de uma medalha. Nesse momento, todos começaram a aplaudir o herói egípcio, com um longuíssimo aplauso.

E a UNESCO o homenageou por essa elevada moralidade, e ele foi escolhido como o portador da melhor ética esportiva do mundo. A comissão organizadora concedeu-lhe um ouro honorário porque ele realmente o merecia. E sua reputação se espalhou por todo o mundo, e os japoneses lhe deram uma honra especial e o receberam como um rei coroado.

Talvez se Reshvan tivesse ganho o ouro, ele não teria recebido nem metade da honra, gratidão e amor que recebeu nos corações das pessoas com aquele movimento.

 

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