Bolsonaro dobra aposta em ameaças contra a democracia

Por Simão Pedro Chiovetti

Porque sabe que tem apoios

O ex-capitão e hoje genocida que está na presidência, cada vez mais acuado pela #CPIdaCovid, com o governo completamente nas mãos da sanha entreguista e corrupta dos deputados e senadores do Centrão e pela queda de apoio registrada por todas as pesquisas de opinião, resolveu dobrar as apostas nas suas ameaças de dar golpe para continuar no poder. O inimigo da vez do bolsonarismo, escolhido e jogado para a sanha ignorante dos seus apoiadores é o #TSE e seu presidente, o ministro Barroso, porque esse se dispôs a mostrar a farsa da reivindicação do “voto auditável impresso”, tema que o presidente escolheu para distrair a atenção dos seus apoiadores e pretexto para o tão almejado golpe nas eleições do ano que vem.

Bolsonaro ameaça porque continua, à duras penas é verdade, com a base extremista ainda forte em torno de 15 a 20%. Tem ainda o Exército na mão, além das milícias e a maioria dos PMs. Tem ainda Paulo Guedes e o mercado financeiro, o agronegócio, parte da mídia (SBT, Jovem Pan, Record…) e da Justiça. Ou seja, quem tem lucrado com seu governo e com a crise e que não quer ou não vai largar o osso ainda.

O presidente do STF, ministro Fux, depois da live presidencial da última quinta-feira, soltou uma notinha fraca e inútil e confirmou que não é referência de ombridade pra ninguém. Parece que tem mais cuidado com sua peruca que com a defesa da Democracia e das instituições.

Essa guerra contra urna eletrônica é o argumento escolhido pelo presidente simpatizante do Nazismo – até recebeu recentemente com festa no Planalto a deputada alemã Beatrix von Storch adepta e difusora de ideias nazistas e neta de ministro de Hitler – para dar um golpe, como Trump tentou em Washington, depois de anunciada sua derrota eleitoral ano passado. Quando viu que o exército e parte do establishment dos EUA não aderiram, se retirou. Mas lá as instituições são fortes. Aqui, com a fraqueza das nossas, demonstrada com e após o Golpe de 2016, o autoritários estão em casa.

Mas, não vamos ficar parados: precisamos dar toda a força para a continuidade e conclusão da CPI da Covid, acompanhar e apoiar as ações abertas no TSE para apurar as ameaças de Bolsonaro e organizar os próximos protestos de rua nos dias 18 de agosto em defesa dos direitos ameaçados dos servidores e do serviço público e dia 07 de Setembro no Grito dos Excluídos!

O verme passou de todos os limites e precisa ser impeachado!

Simão Pedro Chiovetti é sociólogo, ex-deputado estadual por três mandatos e ex-Secretário de Serviços de São Paulo na gestão Haddad. Hoje, Secretário de Movimentos Sociais e Setoriais do PT/SP.

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  1. É importante lembrar que quem primeiro levantou suspeita sobre as urnas e o sistema de apuração foi o PSDB em 2014.
    Essa é outras mentiras foram potencializadas por Bolsonaro mas verdadeiros chocadores de inverdades foram os Tucanos.

  2. Ótimo texto, no momento atual temos que unir forças a todo momentos, a democracia está em perigo, criam o caos na sociedade com tantas intrigas a fim de tirar o foco do golpe iminente, parabéns Simão.

  3. Meu querido companheiro Simão.
    As instituições nacionais me parecem fracas, débeis, sem força social e pouca de inserção social para enfrentar a aventura fascista do bolsonarismo.
    No entanto, creio eu, há uma dificuldade grande para que os setores democráticos se organizem para fazer o enfrentamento mínimo para barrar os projetos dessa política insana.
    Sem guardar nenhuma expectativa mais ampla, a manifestação do vice presidente Mourao, representa uma cunha (não se sabe de que quilate) aos planos golpistas.
    Hoje, certamente, um setor do exército brasileiro – os que não conseguem se livrar do cunhado – são garantias que essa roda golpista terá força suficiente para concretizar um golpe.
    Há, claramente, a necessidade das forças democráticas se organizarem para se manifestar contra os interesses dos fascistas.
    Essa na minha opinião é um caminho para não amplificar a tentativa do projeto de Bozo.
    As forças democráticas precisam de articular para esse enfrentamento. Em plágio ao comandante Dirceu, temos qual unir as forças democráticas para vender o Bolsonarismo nas ruas e nas lutas.

  4. Uma descrição perfeita do nosso momento político, teremos muito trabalho para reverter este cenário no próximo ano.

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