“Ainda Estou Aqui” estreia hoje nos cinemas

Da Redação 

O cinema brasileiro vê uma nova e emocionante obra estrear: “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, foi lançado nos cinemas brasileiros e promete marcar o cenário nacional e internacional.

Inspirado em fatos reais e com um enredo que expõe as dificuldades vividas por famílias durante a ditadura militar, o filme relata a história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres.

Este drama poderoso não é apenas mais uma narrativa fictícia, mas um retrato dos desafios vividos por quem enfrentou a repressão política no Brasil.

Com uma estreia nacional e visibilidade em festivais internacionais, “Ainda Estou Aqui” representa a esperança do país para uma vaga no Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional.

Enredo baseado em fatos reais

O filme é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que aborda a vida de sua mãe, Eunice Paiva, uma mulher que perdeu o marido, Rubens Paiva, nas mãos de militares, sem qualquer explicação ou direito a justiça.

Em “Ainda Estou Aqui”, a história de Eunice é revelada com profundidade, detalhando a luta diária e emocional de uma mãe que enfrenta o desaparecimento do marido enquanto cuida dos filhos e lida com a repressão política.

Rubens Paiva, ex-deputado e um dos nomes mais conhecidos da política brasileira dos anos 60 e 70, foi levado por militares à paisana, e sua prisão é apenas o começo da jornada de Eunice por justiça e por respostas.

A narrativa começa com o desaparecimento de Rubens Paiva e explora a longa e dolorosa busca de Eunice pela verdade, revelando também o impacto que a ausência dele causou na vida da família.

A direção de Salles faz um mergulho intenso na alma da personagem, explorando a força e o sofrimento de uma mulher que precisa encontrar forças para seguir em frente em uma sociedade oprimida.

Elenco e interpretações marcantes

O elenco de “Ainda Estou Aqui” traz nomes renomados do cinema brasileiro. Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva com intensidade, e seu desempenho já foi elogiado em festivais internacionais, onde o filme foi exibido antes da estreia no Brasil.

Torres é acompanhada por Selton Mello, que assume o papel de Rubens Paiva, e Fernanda Montenegro, que participa em uma fase posterior da vida de Eunice, em uma atuação que emociona e dá ao filme uma profundidade única.

* Fernanda Torres: No papel de Eunice Paiva, a atriz entrega uma interpretação intensa e comovente, destacando o sofrimento e a coragem da personagem em cada cena.

* Selton Mello: Como Rubens Paiva, o ator traz à vida o marido e pai cuja ausência afeta toda a narrativa, representando a figura de um homem que foi vítima da repressão.

* Fernanda Montenegro: Em um papel breve mas impactante, Montenegro interpreta Eunice em uma fase mais madura, marcando uma das cenas mais emocionantes do filme.

A direção de Walter Salles é outro destaque da produção. Conhecido por filmes como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”, Salles conduz a narrativa com sensibilidade, revelando a complexidade dos personagens e criando uma atmosfera densa que reflete a tensão da época.

Impacto cultural e social do filme

Além de uma obra cinematográfica, “Ainda Estou Aqui” representa um marco na preservação da memória histórica brasileira.

O filme aborda um tema delicado e sensível na história do país, lembrando o público dos perigos da repressão e da violação de direitos humanos. Ao retratar a luta de Eunice Paiva, o filme enfatiza a importância da busca pela verdade e pela justiça, temas que ainda hoje ecoam na sociedade brasileira.

O filme se alinha a outras produções recentes que resgatam memórias da ditadura militar, demonstrando o interesse do cinema brasileiro em explorar esses eventos históricos para fomentar discussões contemporâneas.

“Ainda Estou Aqui” tem sido elogiado por sua autenticidade ao retratar as dificuldades enfrentadas pela família de Rubens Paiva, conectando-se emocionalmente com o público e provocando reflexões sobre os períodos sombrios do Brasil.

Reconhecimento internacional e trajetória rumo ao Oscar

A escolha de “Ainda Estou Aqui” para representar o Brasil no Oscar 2025 não foi uma surpresa. O filme já havia sido aclamado em festivais como o de Veneza, onde recebeu elogios de críticos e uma ovação de dez minutos.

Sua seleção para a categoria de Melhor Filme Internacional reflete a confiança na qualidade técnica e narrativa da produção, bem como em sua relevância política.

O Oscar representa uma oportunidade para o Brasil reforçar sua presença no cenário cinematográfico internacional.

Em anos anteriores, filmes brasileiros como “Central do Brasil” e “Cidade de Deus” já haviam conquistado destaque, abrindo portas para outras produções nacionais. Com “Ainda Estou Aqui”, o Brasil almeja repetir essa conquista e levar uma mensagem de resistência e de memória histórica ao público mundial.

Você gosta do que lê no Construir Resistência?

Então contribua com qualquer quantia, ajudando a financiar o trabalho jornalístico alternativo às grandes mídias.

Pix em nome do editor do Construir Resistência, Simão Zygband

11 911902628

(☝️copie e cole este pix acima para colaborar)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *