Construir Resistência
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Abraji repudia ataque a jornalista da CNN que cobria manifestação


O Conselho Editorial do Construir Resistência afirma a sua posição de denunciar os crimes movidos pelo ódio e defender a imprensa livre. O jornalista Pedro Duran, da #CNN não apenas foi impedido de trabalhar, como sofreu uma ameaça real de linchamento durante o desempenho de seu trabalho.

As cenas captadas durante a “motoata”, no Rio de Janeiro são o reflexo de um governo autoritário e excludente. Por isso, reproduzimos a nota oficial da #Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

#imprensalivreparaumpovoliberto

Quem preferir ler a nota na página da Abraji deve acessar o link. Para isso, basta selecionar o endereço eletrônico e apertar o lado direito do cursor:

https://www.abraji.org.br/noticias/abraji-repudia-ataque-a-jornalista-da-cnn-que-cobria-manifestacao

Neste domingo (23.mai.2021), durante manifestação em prol do presidente da República no Rio de Janeiro, o repórter da CNN Pedro Duran foi agredido verbalmente por apoiadores de Jair Bolsonaro. A hostilidade impediu o jornalista de realizar a cobertura do evento. Duran teve de ser escoltado por policiais militares até um carro da emissora, sob gritos de “CNN lixo”.

A intimidação começou quando a imprensa tentava entrevistar o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Nesse momento, a militância bolsonarista passou a gritar “mito” e a cercar os repórteres, de modo a impedi-los de cumprir suas atribuições profissionais. Embora a hostilidade tenha sido dirigida a todos os jornalistas, os bolsonaristas filmaram Duran e divulgaram o vídeo em suas redes sociais, apontando o nome do jornalista, que passou a ser vítima de assédio virtual. Um dos divulgadores do vídeo foi o vereador de Niterói Douglas Gomes (PTC-RJ).

Além de Duran, outros profissionais da emissora foram impedidos de realizar a cobertura por militantes favoráveis ao presidente da República, em diferentes locais da manifestação. A hashtag “CNN lixo” figurou entre as mais comentadas do dia no Twitter, evidenciando mobilização contra a empresa. No dia 8.mai.2021, Jair Bolsonaro havia atacado o jornalista da CNN Fernando Molica na mesma rede social, em resposta a críticas do analista sobre a ação da Polícia Civil fluminense que resultou em uma chacina no Morro do Jacarezinho.

A intimidação de repórteres por políticos e militantes ligados a Jair Bolsonaro tem como objetivo impedir a cobertura de fatos de interesse público e, portanto, é uma violação à liberdade de imprensa. Tal comportamento é incentivado pelo presidente da República, que frequentemente propaga teorias conspiratórias, ofensas e discursos estigmatizantes contra jornalistas. A obstrução do trabalho da imprensa é antidemocrática e se espera dos poderes Legislativo e Judiciário uma posição firme em defesa dos direitos humanos e da ciivilidade na convivência entre cidadãos de diferentes opiniões.

Diretoria da Abraji, 23 de maio de 2021

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