A “guerra” de 22: E assim se passaram cem anos (1922-2022)

HISTÓRIA

Por Marly Motta

O centenário da independência em 1922 foi comemorado em meio a uma conjuntura marcada por “guerras” nos mais variados setores da sociedade brasileira. A proposta deste texto é analisar essas disputas que tiveram como pano de fundo a busca por uma nova nação sintonizada com as transformações do século XX. O que eu chamo de guerra cultural entre Rio de Janeiro e São Paulo teve como objetivo a conquista do papel de “farol” a guiar o que deveria ser este Brasil moderno.

Essa disputa entre as duas maiores cidades do país rebateu no âmbito econômico, e colocou em xeque a tradicional supremacia industrial do então Distrito Federal (Rio de Janeiro) diante do crescimento acelerado da industrialização de São Paulo, considerada a “locomotiva do progresso”.

No cenário político, as eleições presidenciais de março de 1922 fugiram ao padrão tradicional de “rivalidade limitada”, e incorporaram, ao jogo eleitoral, novos atores – as “massas urbanas” das grandes cidades e os militares, os ditos “tenentes” – que passaram a ameaçar esse padrão instalado desde Campos Sales.

O centenário da independência acabou sendo celebrado em um cenário repressivo, onde as liberdades públicas, inclusive a liberdade da imprensa, foram restringidas por meio do estado de sítio imposto pelo então presidente Epitácio Pessoa.

Leia o artigo completo em

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/synthesis/article/view/65829/41537

 

Marly Motta

Marly Motta é historiadora e professora aposentada da FGV-RJ

Contribuição para o Construir Resistência ->

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *