Jornalista tenta colocar Lula em saia justa e leva invertida

Por Fernando Melo – site MSN

Climão? A jornalista Adriana Araújo acabou colocando o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) numa grande saia justa, enquanto entrevistava ele para o ‘Jornal da Band’, exibido na noite desta última quinta-feira, 11 de setembro.

No bate-papo com o governante brasileiro, Adriana Araújo quis saber a opinião de Lula sobre o voto do Ministro Fux no caso que envolve o golpe de estado, que teria sido orquestrado por Jair Bolsonaro.

Presidente, eu quero começar justamente pelo julgamento (de Bolsonaro). O placar é de dois a um, neste momento. Dois pela condenação de Jair Bolsonaro e um pela absolvição. O voto do Ministro Luiz Fux foi muito contundente e abriu uma profunda divergência e na visão do ministro não há qualquer prova que incrimine o ex-presidente Jair Bolsonaro por, tentativa de golpe ou por abolição do estado democrático de direito. Eu queria a sua avaliação“, declarou e pediu a jornalista da Band.

Resposta afiada de Lula

Diante do questionamento e sendo colocado numa grande saia justa, Lula foi afiado em sua resposta: “Olha, eu não posso ter uma opinião pública sobre o voto de cada ministro. Não é recomendável o Presidente da República ficar dando palpite sobre voto de ministro da Suprema Corte. Eu tenho uma tese pessoal, mas eu não posso dar. Eu acho que, assim, a Suprema Corte vai decidir com relação aos autos do processo e cada ministro entenda aquilo que queira entender e der o voto que queira dar. Sabe? Eu espero que, o processo não seja um processo contra um homem, pois você não está julgando o homem pelo fato dele ser homem e ter sido presidente. Mas, você está julgando o comportamento desse homem com relação a democracia do país“, respondeu ele.

Adriana Araújo, neste momento, tentou interromper o presidente Lula, mas ele foi ligeiro e não deixou de completar seu raciocínio. “O senhor me permite insistir…“, tentou ela. “Então…“, disse ele, fazendo gestos com as mãos. “Sim“, respondeu ela. “Eu acho que, só acho Adriana que, se a motivação da absolvição ou da condenação forem os autos do processo, tá bem feito“, encerrou.

Assista à entrevista na íntegra:

 

 

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