Por Adriano Diogo
Os torturadores de Rubens Paiva e as famílias dos criminosos já falecidos recebem anualmente do Estado R$ 1,8 milhão em aposentadorias e pensões.
Reformado desde 1997 no posto de Marechal, a maior patente do Exército, José Antônio Nogueira Belham, de 90 anos, à época comandante do DOI-Codi do Rio de Janeiro, para onde Paiva foi levado antes de ser morto sob tortura, recebe aposentadoria mensal de R$ 35.991,46, segundo o Portal da Transparência.
O major Jacy Ochsendorf e Souza, aposentado desde 1996, embolsa mensalmente R$ 23.457,15.
Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos e Jurandyr Ochsendorf e Souza deixaram pensões vitalícias para viúvas e filhas.
Os cinco militares foram identificados no relatório da Comissão Nacional da Verdade. Se condenados, poderiam pegar até 37 anos de prisão.
À época o Ministério Público Federal também pediu a cassação de aposentadorias e pensões dos torturadores, além das condecorações e medalhas recebidas ao longo da carreira, mas apenas no mês passado o ministro Alexandre de Moraes pediu parecer à PGR sobre o caso.
Os restos mortais de Rubens Paiva nunca foram entregues à família.
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Adriano Diogo é ex-deputado estadual e presidiu a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.
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