Ricardo Nunes, o inelegível

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Por Simão Zygband 

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Não é segredo para ninguém que Ricardo Nunes, o obscuro prefeito de São Paulo jamais deveria ter ocupado o mais alto cargo da municipalidade. É função para pessoa muito mais preparada, que consiga pelo menos construir uma marca. Marta Suplicy construiu os Centros Educacionais Unificados (CEUs) e implantou o Bilhete Único, facilitando e barateando a mobilidade dos trabalhadores. Fernando Haddad, um eficiente ex-ministro da Educação, é o patrono, sob sua gestão, dos corredores de ônibus e das ciclovias. Isso é para citar alguns exemplos.

E Ricardo Nunes, qual a grande obra de sua administração medíocre, que durante quatros anos se limitou a tapear passando piche em algumas ruas de São Paulo? Não daria para se esperar muito de um prefeito que não foi eleito pelo voto popular, mas sim à sombra do finado Bruno Covas, que surfou na popularidade e na projeção política de seu avô Mário.

Não bastasse tamanha mediocridade pessoal e administrativa, ele e seu grupo político, ligados à “bancada da Bíblia” tem o vereador Milton Leite, atual presidente da Câmara Municipal, como principal fiador.

Leite teve seu sigilo fiscal e bancário quebrado recentemente por determinação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), na chamada Operação Fim da Linha, suspeito por envolvimento com esquema mafioso do PCC no transporte público paulistano.

Nunes, um ex-vereador de baixo clero da Câmara Municipal paulistana, envolvido em investigações por superfaturamento no aluguel de creches conveniadas com a prefeitura, chegou a ser motivo de chacota entre seus pares quando se propôs a disputar a indicação do MDB para ser o vice de Bruno Covas.

Justamente ele que, como parlamentar, teve atuação mediocre na Câmara Municipal, não sendo autor de nenhum projeto de interesse público, além de fazer oposição aberta à educação sexual e à discussão da igualdade de gênero nas escolas e ferrenho defensor do ridículo projeto Escola sem Partido.

É evidente que com tantos predicativos, Nunes só poderia querer o apoio e a aproximação do ex-presidente (argh) Jair Bolsonaro. São farinha do mesmo saco, cuja único objetivo é se locupletar e se beneficiar das mamatas do poder. 

O inelegível ex-presidente, responsável direto pela morte de 700 mil brasileiros por negligenciar a compra de vacinas durante a pandemia de Covid-19, já até sugeriu o nome para vice de Nunes, o também obscuro coronel Mello Araújo, outro desconhecido que não terá nada a acrescentar à cidade.

Não é a toa que até o PSDB, partido que encabeçou a chapa para a eleição de Nunes, a qual pertencia Bruno Covas, decidiu em reunião da Executiva Municipal, por ampla maioria dos votos, se distanciar do projeto de reeleição do atual prefeito em virtude, principalmente, da aproximação com Bolsonaro.

Haja amalgama podre nesta união.

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Simão Zygband é jornalista,  editor do site Construir Resistência, com passagens por jornais, TVs e assessorias de imprensa públicas e privadas.

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