Por Articulação Judaica de Esquerda
Nos últimos dias fomos muito afetados pelo horror do conflito entre árabes e judeus em Israel e na Palestina (Ocupada). Sentimos aflição e tristeza por cada vida perdida, independentemente da etnia ou religião. Mas, ainda mais, pelas crianças de todos os lados, que perdemos antes que elas pudessem sequer entender o que está ocorrendo.
Situações como essa têm se repetido com frequência, na verdade, há décadas ali naquela região, e é bom que se diga que a origem principal é o capitalismo, com sua desigualdade, de onde emergem também o ódio sectário e a persistência da ocupação ilegal da Palestina.
Até o dia de hoje, já se contabilizam mais de 6 mil vítimas, entre árabes e judeus, sendo a grande maioria civis.
E, contraditoriamente, em vez de apelos unificados pelo fim dessa espiral de violência, percebemos que existem lideranças fascistas dispostas a utilizar preconceito e generalizações como parte de um jogo político sórdido onde buscam popularidade.
Enxergamos também alguns que, por conveniência, preferem se abster ou buscar refúgio confortável em frases genéricas e na aparência de neutralidade, e assim não colaborando em nada com a emergência dessa situação.
Nós, da Articulação Judaica de Esquerda, fazemos questão de apresentar nossa posição. Aquela que consideramos que está mais em linha com nossos princípios de fundação e com coletivos de judeus, árabes, cristãos e as pessoas de todas as crenças e não-crenças que observam criticamente o atual genocídio em Gaza e a retroalimentação do ódio étnico-religioso.
Conclamamos a todas e todos que apoiem um cessar-fogo imediato; a abertura de corredores humanitários para passagem de equipes de saúde e mantimentos; a abertura de uma mesa de negociação com participação de terceiros países e suas lideranças; o engajamento do nosso país, o Brasil, pelo fim das hostilidades, pela condenação da violência contra civis e reconhecimento de Dois Estados ou de um Estado Binacional.
Essas são nossas reivindicações. E o pedido público que fazemos a todos.
Nota do editor: o Construir Resistência defende ainda a libertação dos mais de 200 reféns em poder do Hamas.
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