Em solidariedade a Orlando Brito, CONSTRUIR RESISTÊNCIA divulga o pedido da filha do fotógrafo que criará plataforma para vender obras do pai que se encontra internado em estado grave, após sofrer uma complicada cirurgia.
A partir deste sábado, 26/02, quem quiser adquirir as obras fotográficas que Orlando Brito produziu no Brasil e pelo mundo afora, ao longo de seus quase 60 anos de profissão, poderá acessar o site https://o-brito.lojaintegrada.
No lançamento da loja, que tem parceria com a agência Santafé Ideias e Comunicação, estão disponíveis cerca de 100 imagens, divididas em categorias que marcam a produção e a história fotográfica de OBrito: “Brasil em Transe”; “Corpo e Alma”; “Iluminada Capital”; “Senhoras e Senhores”; e “Índios”, que faz parte de uma linha premium.
As obras estão disponíveis no tamanho entre 30x40cm e 40x60cm, ao custo de R$ 500, já com o frete incluído e são entregues impressas em papel fotográfico de alta qualidade. A seleção especial “Indios” entregue em papel algodão super premium HahnemüleI, tamanho 50x75cm e com tiragem limitada tem o custo de R$ 2 mil, já com o frete incluso.
O fotógrafo Orlando Brito é um ícone do fotojornalismo brasileiro, retratou presidentes e personalidades políticas desde a ditadura militar como um registro da história do Brasil. Além do cotidiano, ele também é especialista em fotos de indígenas, de florestas, da natureza ou simplesmente imagens abstratas que transmitem pura poesia e que foram capturadas com a sensibilidade que só os grandes artistas possuem. Suas imagens podem transmitir uma crítica ao atual momento político que o país vive ou simplesmente a delicadeza que só pessoas com corações sensíveis e poéticas podem perceber no momento do click.
Carreira
Brito nasceu em Janaúba (MG), mas foi em Brasília que se criou e se tornou um dos mais conhecidos e respeitados fotojornalista do Brasil. Em 1964, aos 14 anos, começou sua carreira como laboratorista da sucursal do jornal carioca Última Hora e dois anos depois já fazia parte do time de fotojornalistas do periódico.
Em seguida foi para a sucursal jornal O Globo e ficou de 1969 a 1981, quando se transferiu para a revista Veja, assumindo o cargo de editor de fotografia até 1985 na capital Federal. Foi editor do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro, de 1987 a 1989. Nos anos 1990, retornou a Brasília, para assumir a chefia da revista Caras e entre 1989 e 1993, voltou à Veja. Em seguida, criou a agência de notícias ObritoNews, que mantém até hoje.
Foi o primeiro brasileiro a receber o World Press Photo Prize concedido pelo Museu Van Gogh, na Holanda, em 1979. Conquistou 11 vezes o Prêmio Abril de Fotografia e, a partir de 1987, foi considerado hors-concours da premiação.
Em 1991, ganhou uma bolsa da Fundação Vitae para a realização do projeto Senhoras e Senhores (1992), em que fotografou pessoas famosas com mais de 80 anos. Orlando Brito ainda publicou os livros: O Perfil do Poder (1981), Brasil: de Castello a Fernandos (1996) e Poder, Glória e Solidão (2002).