Por Juliana Cruz e Adrielle Farias – portal Terra
O almoço entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na tarde desta terça-feira, 22, causou alvoroço entre manifestantes que aguardavam a chegada dos políticos em frente a uma churrascaria, no bairro do Morumbi, em São Paulo.
O encontro é parte da agenda de campanha do candidato à reeleição pelo MDB. Bolsonaro tem participado ativamente da campanha de Ricardo Nunes, que disputará o segundo turno das eleições municipais no próximo domingo, 27, contra Guilherme Boulos (PSOL).
O protesto em frente à Fazenda Churrascada foi organizado pela Frente Povo Sem Medo e pelo Movimento Brasil Popular em parceria com a Bancada Feminista do PSOL.
Leticia Lé, uma das líderes da manifestação e covereadora da Bancada Feminista do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), afirmou em entrevista ao Terra que a presença de Bolsonaro e Nunes na churrascaria não é o ideal para alguém que almeja o cargo de prefeito novamente.
“Bolsonaro e Nunes em uma churrascaria no Morumbi, em plena última semana de campanha.
A gente acredita que um candidato à Prefeitura deve estar nas periferias na última semana, falando com a população que mais precisa, que está passando fome porque perdeu seus alimentos no último apagão.
E que [o prefeito] não deveria estar em uma churrascaria esbanjando comida cara, sem conversar com a população e de portas fechadas”, disse.
A churrascaria está fechada para o evento, que conta com a presença de aliados e outros políticos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Michel Temer (MDB).
Banquete
Enquanto acontecia a agenda de Nunes com Bolsonaro na Fazenda Churrascada, Boulos divulgou uma nota repudiando o evento de seu adversário, que chamou de “banquete”.
“Enquanto Nunes participa de um banquete com Jair Bolsonaro, o candidato Guilherme Boulos almoçou com a população de rua durante visita ao projeto Cisarte”, diz a nota.
“Neste exato momento, meu adversário está almoçando num banquete com Jair Bolsonaro e um grupo de empresários. Isso é simbólico. Esses dois almoços são simbólicos do que está em jogo nesse segundo turno.
Do lado de lá, quem está preocupado só com privilégios e com defender ideologia de ódio da extrema-direita. Do lado de cá, quem está preocupado em mudar essa cidade olhando para aquelas pessoas que mais precisam”.
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O povo de são Paulo precisa ser e dar exemplo p/ o Brasil. Basta a cagada que fez em ter votado p/ governador num ex militar. Parece não reconhecer o grande mal que fizeram os militares para nossa história e desenvolvimento: ditadura, torturadores, corruptos assassinos e atraso. Agora + 1 vez parece ter memória curta com a prática do MDB que inclusive até mudou de nome p/ prosseguir enganando os eleitores. O MDB NUNCA deixou o poder, inclusive integra, qdo lhe interessa, o centrão e o governo. O temer gastou 1.2 BI com a intervenção no RJ e nada adiantou a não ser p/ promover os ditadores militares representado pelo corrupto e ladrão Bolsonaro