Por Claudio Viola
Enquanto eu e você penamos com a alta generalizada dos preços, com o derretimento do nosso poder aquisitivo e num cenário de inflação irreversível, os BANCOS, o setor financeiro especulativo, tem ganhos absurdos. Em pleno cenário de PANDEMIA, com a quebra de inúmeras empresas e desemprego em massa, o BANRISUL (o banco dos gaúchos) obteve um lucro 47,9% maior do que no terceiro trimestre do ano passado.
O Banco do Brasil foi além, pois teve um lucro 49,4% maior do que o lucro do mesmo período no ano de 2020. Enquanto as taxas de remuneração das aplicações dos correntistas era pífia, os bancos cobravam juros exorbitantes sobre o dinheiro que emprestavam. Com a elevação da TAXA SELIC o dinheiro fica ainda mais caro. A melhoria nas remunerações é desprezível.
O sistema financeiro nunca ficou mal, seja com FHC nos anos 90, com Lula e Dilma até 2016 e com Temer até Bolsonaro assumir. O “MITO” deu sequência ao reinado da elite econômica tupiniquim, que num cenário trágico de pobreza e miséria é quem sustenta a alta de vendas de imóveis de super luxo e de carros importados como Porsche e Ferrari. Nunca os produtos de altos preços foram tão demandados no Brasil.
Enquanto a base da pirâmide se esfacela o topo segue concentrando cada vez mais a renda. Não vê quem não quer ou quem vive na ignorância bovina. Quando falamos em justiça social e econômica, ela passa pela necessária taxação de grandes fortunas e pela reformatação da cobrança dos impostos diretos e indiretos. O Brasil é e sempre foi o PARAÍSO dos ricos. Os pobres penam com o ICMS e o IPI. A classe média pena com o IMPOSTO DE RENDA. Os ricos dão risada.
Claudio Viola é profissional de marketing, economista e cartunista.