Da Redação
É inacreditável a permanência do apresentador Rodrigo Bocardi como “âncora” de um telejornal matutino de grande alcance no estado de São Paulo!
É o tipo de (pseudo) jornalista conservador e senso comum, produto do reacionarismo intrínseco do jornalismo corporativo brasileiro e de seus duvidosos telejornalismos popularecos e demagogicos que proliferaram no rádio e na TV do nosso país, como os Afanasios Jazades, Gil Gomes e os Ratinhos da vida, sempre na defesa das “otoridades” arbitrárias da ditadura e de seus filhotes e de quem está no poder!
Bocardi é um herdeiro dessa mixórdia de baixíssimo nível do jornalismo marrom nacional. É um jornalista formado ou “deformado” sabe-se lá onde, sem nenhuma cultura mediativa que reproduz o pensamento ultraconservador da nossa sociedade.
O jornalista em questão é abertamente contra o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é leniente com as “otoridades”, elogia abertamente o governo bolsonarista de Tarcísio e tenta contemporizar com as barbaridades da PM, organização policial sabidamente violenta e agressiva com as populações da periferia, que em sua maioria, é composta por pobres, negros e pretos!
Hoje, diante de notícias hediondas, de crimes violentos e covardes cometidos por policiais militares e por seguranças da CPTM, tentou contemporizar, dizendo que recebe “várias opiniões” de pessoas “que defendem os policiais e que procura atender a todos”!
Bocardi, que grita e esbraveja contra sindicalistas que fazem greves por direitos, fica quietinho em relação à esses crimes cotidianos cometidos por policias e não dá um piu sequer para solicitar explicações do governador e do secretário da (in)segurança pública do estado de São Paulo, o problemático Derrite, do porque esses policiais não estarem presos!
O que devemos questionar é o tipo de “jornalismo” e o tipo de apresentador que conduz um telejornal de duas horas e meia, que raramente aborda questões importantes e fundamentais dos municípios do estado de São Paulo!
Penso que já passou da hora da Globo rever esse modelo de telejornal que trata do geral e de “perfumarias” e que diante de problemas graves, assume.posturas no mínimo duvidosas.
De qualquer modo, deixo minha opinião: esse jornalismo do tipo marrom e esse apresentador, reacionário e senso-comum já deram …está na hora da Rede Globo apresentar para a sociedade Paulista um jornalismo digno, imparcial e profissional. A sociedade está cansada dos Bocardis da vida falando o que querem destrambelhadamente!
Antônio Carlos Mazzeo – professor de História na FFLCH/USP (texto publicado em dezembro de 2024) – São Paulo
Puxadinho
Quer dizer que pra surpresa de ZERO PESSOAS, Rodrigo Bocardi tinha uma relação de amizade com grandes empresários e políticos, fazia umas reuniões com essa turma pra tentar patrocínio pros programas dele sem autorização da emissora?
Que tinha tretas com alguns prefeitos de SP e tentava emplacar reportagens de denúncias de corrupção nessas prefeituras?
Que o pegaram negociando em inglês com uma advogada por várias vezes pra abertura de conta no exterior?
Que emplacava reportagens sobre empresas pra depois ser contratado em off pra gestão de crise dessas empresas?
Que naquele rolo do Pacaembu, de que se iria ter a final da copinha lá ou não, porque o estádio estava em obra, cheio de problemas, ele ofereceu consultoria pra blindar a concessionária que administra o estádio?
O CA..LHA estava usando a Globo como puxadinho das suas assessorias de imprensa paralela?
Eder Bukowski Jr – Vila Velha
Nota do editor Simão Zygband
Não é razoável um jornalista comemorar a demissão de um suposto colega. Não comemoro.
Mas entendo que outros o façam.
Rodrigo Bocardi jamais primou pela isenção. Realizava sempre sua militância conservadora no ar.
É dele a vergonhosa “barriga” racista de chamar de “pegador de bolinha” de tênis a um rapaz que compunha a equipe de polo aquático do Pinheiros, só por que ele era preto e utilizava uma camiseta do clube. (Veja vídeos no YouTube)
Bocardi fez militância de direita sempre que teve oportunidade, sobretudo se fosse contra o PT e o Lula.
Manifestava-se sem isenção durante o telejornal contra as greves no transporte coletivo (metrô ou ônibus), mostrava predileção pelos candidatos conservadores em períodos eleitorais e esteve supostamente envolvido diretamente no vazamento de fotos da Polícia Federal no que ficou conhecido como “escândalo dos aloprados”.
Em reportagem do site Viomundo, o nome de Rodrigo Bocardi aparece como suposto portador das fotos vazadas pelo delegado da PF, Edmilson Pereira Bruno, para entrar com exclusividade no Jornal Nacional, às 20 horas, exatamente no mesmo dia da queda do avião da TAM.
Eu mesmo estava nas dependências da sede da PF neste dia, trabalhando na cobertura das eleições pelo portal Terra, quando vi o Bocardi descendo alucinado as escadas da sala da Superintendência em direção ao veículo da Globo supostamente para fazer chegar a tempo na redação o material que seria editado e entrar como manchete no Jornal Nacional, como de fato acabou ocorrendo.
Prioridade da emissora em detrimento do grave acidente com avião da TAM, em.Congonhas, com dezena de mortos. Bocardi participou deste episódio.
Isso chegou a prejudicar a campanha de Lula e a levou para o segundo turno, como mostra reportagem de Luiz Carlos Azenha contida no link abaixo da Viomundo, onde o nome de Rodrigo Bocardi é citado:
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