A saga dos fascistas arrependidos

Por Moisés Mendes

A semana passada foi de Dallagnol e de Sergio Moro. Precisa voltar a ser do sujeito que o TSE deve condenar e tornar inelegível em junho.

Chega dos indivíduos da Lava-Jato. Queremos saber mais do contrabando de joias, da fraude da vacina e do golpe fracassado.

O foco deve voltar para a família, se possível com novos personagens e com a perspectiva de delações.

Fascistas arrependidos

Todas as semanas tem um fascista arrependido por participação na tentativa de golpe ou por ter pregado o negacionismo no pior momento da pandemia.

Alguns levaram quase um ano para se arrepender. Outros ainda esperam que algo dê muito errado com Lula e eles não sejam obrigados a expressar arrependimento.

O fascista que se diz arrependido é mais canalha do que o fascista convicto, que enfrenta as consequências do seu fascismo.

O falso arrependido, que tenta fazer média com Lula e driblar o Ministério Público e o Judiciário, acha que todo mundo é otário.

Daqui a pouco até as big techs, que ganham dinheiro com mentiras e sabotam a democracia, vão se dizer arrependidas.

O fascismo é cínico porque muitas vezes esse teatro calhorda acaba funcionando.

Madero

O dono do Madero, ativista de extrema direita quando Bolsonaro mandava e desmandava, agora diz torcer por Lula.
Li a notícia e fiquei emocionado. A grandeza desses caras é comovente.
Peço desculpas pelo que já escrevi sobre fascistas. Eu estava errado. Eles estão certos, porque têm Deus acima de tudo e de todos.
Olavo de Carvalho hoje seria terrivelmente lulista.

Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre (RS). É autor do livro de crônicas Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim). Foi colunista e editor especial de Zero Hora

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