Por Celina Cortês –
blog Sair da Inércia
Milícias infestam o Rio como metástases, inclusive no comando da Polícia Civil e, quiçá, do governo do Estado. Em meio ao assassinato de médicos na Barra e ônibus incendiados, o governador Cláudio Castro nomeou ao comando da Polícia Civil o delegado Marcus Amim. Quais seriam os predicados para o cargo deste desconhecido?
Segundo o jornalista Guilherme Amado, Amim tem 12 anos de polícia, porém, nunca comandou investigações relevantes. Possui empresas em seu nome e recusa-se a explicar que banda elas tocam. São duas consultorias e uma loja de conveniência, em sociedade com algum amigo ou familiar.
Na Fernandes Consultoria, seu sócio é o inspetor de polícia Christiano Gaspar Fernandes, filho de Ricardo Afonso Fernandes, o Afonsinho, policial aposentado apontado como chefe de uma milícia em Ramos, na Zona Norte do Rio. (…) Christiano não quis revelar que tipo de consultoria é prestada por ele e Amim. Só disse que a empresa emite notas e presta “todo tipo de serviço”. Amim também não quis explicar que serviços seriam esses. Soam familiares…
O chefe da Polícia Civil também não quis esclarecer o serviço prestado pela Mamim Soluções, sua outra empresa, em sociedade com sua mãe e mulher. Pelo registro da empresa, Amim e a mulher são sócios-administradores, o que é proibido pela lei de conduta dos servidores. (…) Se o capo da Polícia Civil tem um histórico como este, o que imaginar da segurança do Estado? O que teria levado Claudio Castro a nomeá-lo?
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Celina Côrtes, é jornalista e escritora. Passou pelo Jornal do Brasil, O Globo, O Dia e TV Bandeirantes. Em 2010 lançou Ilha da Trindade, veo de mysteriosob a flor d’água (Editora Andaluza); em 2011, Procura-se um milagre (Editora Nova Era) e em 2017, O útil ao agradável, histórias de amor, humor e boa forma (Editora Chiado).