Por Mauro Betting
@alec.duarte foi o primeiro aluno meu da FIAM que consegui abrir uma porta para um emprego na FOLHA DA TARDE.
Eu o chamava de Bussunda. Era Gordinho. Era engraçado. Cáustico. Inteligente. Trabalhador. Ótimo texto. Sarcástico.
Também por isso fez muita coisa. Até o coração corintiano parar hoje.
Como achei que pularia do corpo quando temi que ele pulasse da arquibancada do Morumbi quando Guinei falhou no gol do Boca Juniors, na Libertadores de 1991.
O que ele xingou Guinei, Batistuta, Nelsinho, Matheus, Morumbi, gramado, chuva, os pais, o país, poucas vezes vi.
Porque ouvir mesmo era impossível com outras imprecações. E a chuva forte que nos molhou como hoje a cidade que adotou e que fazia media pela prefeitura viu coisa igual.
Alec nos deixou hoje.
Fazia anos que não nos falávamos. Mas sei que se nos víssemos, seria como foi desde a primeira aula de Jornalismo na FIAM.
Ele me zoando.
Eu tirando sarro.
A gente trabalhando por esporte.
Força e luz à família e amigos de um craque.
Mauro Betting é jornalista e narrador esportivo
Nota do editor Simão Zygband– Alec Duarte era meu amigo. Tem sido reverenciado pelos colegas, com muita justiça. Ele era super do bem. Uma vez, no Pacaembu, jogando Corinthians x Palmeiras, Marcelinho Carioca, o Pé de Anjo, bateu uma falta no ângulo do goleiro palmeirense.
Foi a primeira vez que vi , espantado, um jornalista, editor de Esporte, como ele era no jornal Diário do Grande ABC, escalar como um alucinado, o alambrado do Pacaembu como se fosse um moleque apaixonado pelo time do coração.
O cara era corintiano doente, Se não me engano, chegou a editar o site do Corinthians,
Que ele tenha uma iluminada passagem, se é que acreditava nisso.