Da Redação
Em entrevista à CNN realizada no Palácio do Planalto pela jornalista Daniela Lima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou de vários temas como o reajuste do salário mínimo, sua relação com o mercado financeiro, Bolsonaro e a guerra da Rússia e a Ucrânia. Veja alguns trechos:
Salário mínimo
“Já combinamos com movimentos sindicais, com Ministério do Trabalho, com o ministro Haddad, que vamos, em maio, reajustar para R$ 1.320 o valor do salário mínimo, e estabelecer nova regra para o piso, levando em conta, além da reposição da inflação, o crescimento do PIB, porque é a forma mais justa de distribuir o crescimento da economia”
Imposto de renda
“Vamos começar a isentar em R$ 2.640 até chegar em R$ 5 mil de isenção. Tem que chegar, porque foi compromisso meu e vou fazer”.
Mercado financeiro
“Eu não estou governando para o mercado. Eu sei da existência do mercado, sei o que o mercado faz para ganhar dinheiro, mas estou governando para o povo brasileiro. Estou governando para tentar recuperar o bem-estar social que o povo brasileiro alcançou no tempo em que fui presidente. Eu quero mais emprego, mais salário, que as pessoas almocem, tomem café e jantem todo santo dia e que as pessoas vivam mais felizes”.
Bolsonaro
“Quando você nega a política o resultado é esse: Bolsonaro, Hitler, Mussolini. Quando você nega a política, o resultado é o surgimento do autoritarismo. Foi assim que o fascismo surgiu no mundo e foi assim que o Bolsonaro chegou ao poder. Ele construiu uma indústria de mentiras, a mais poderosa indústria de mentiras que eu já vi na vida. Uma cópia fiel do que foi o Trump nos Estados Unidos”.
Dilma e o Brics
“Se depender de mim, ela vai ser presidente do banco do Brics. A Dilma é uma figura extraordinária. Se eu não tivesse sido presidente e, sim, ministro político da Dilma, não teria acontecido o que aconteceu. Acho que faltou um pouco de conversa, de paciência, mas ela é uma mulher extraordinária, digna de muito respeito, e o PT adora ela”,
Guerra Rússia x Ucrânia
“A guerra já foi feita, de forma precipitada, foi um equívoco, um erro histórico da Rússia invadir o território da Ucrânia. Precisa ter alguém para dizer ‘gente, vamos parar e conversar’, e não tem ninguém fazendo isso.”