Do Prensa Latina
Venezuela denuncia perante a Organização das Nações Unidas (ONU) o destacamento militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe,
Durante a sessão plenária da Conferência sobre Desarmamento nesta terça-feira, o representante permanente do país sul-americano na ONU, Alexander Yáñez, condenou a presença de um submarino nuclear de ataque rápido dos EUA com 4.000 militares, aeronaves de combate e contratorpedeiros em águas próximas à costa venezuelana, de acordo com a Agência Venezuelana de Notícias.
Yáñez descreveu este incidente como uma violação da Carta das Nações Unidas, que proíbe a ameaça de uso de força contra a integridade territorial e a independência política de um Estado.
Ele também refutou a narrativa do governo de Washington que liga a Venezuela ao tráfico de drogas para justificar a operação militar e afirmou que seu país está livre de cultivos ilícitos, conforme consta no relatório oficial do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
“O verdadeiro foco do problema está no Pacífico, onde ocorre 87% do tráfico de drogas, mas não há mobilização militar nem exposição na mídia lá”, disse ele.
O diplomata alertou que o verdadeiro propósito da Casa Branca é provocar uma mudança de regime na Venezuela e então tomar uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
Nesse sentido, ele exigiu a retirada imediata das forças militares norte-americanas da região e que os Estados Unidos forneçam garantias de que não usarão nem ameaçarão usar armas nucleares.
Na sessão plenária, vários países expressaram sua solidariedade ao governo do presidente Nicolás Maduro, incluindo Irã, Rússia, Coreia do Norte, China, Cuba e Bielorrússia, que caracterizou a mobilização militar dos Estados Unidos como um ataque à paz e à estabilidade na América Latina e no Caribe.