PEC da Blindagem: enterro político sob aplausos das ruas

Por Júlio Benchimol Pinto 

A multidão saiu às ruas e o Senado, sentindo o bafo da opinião pública na nuca, tratou de enterrar a famigerada PEC da Blindagem.

Unanimidade na CCJ – raridade num país em que nem calendário se aprova sem barganha. Davi Alcolumbre, com uma mão no regimento e outra no pragmatismo, mandou o projeto para a cova.

Resultado: a blindagem dos parlamentares virou sucata política antes mesmo de ser polida.

Na Câmara, o choro é livre: Hugo Motta e Arthur Lira ficam com o cadáver no colo, acusando Alcolumbre de “traição”.

E o PL, depois de aprovar em massa na Câmara, fez careta de arrependido no Senado – até Moro, sempre à procura de palco, foi derrotado com a sua emenda-resgate.

Enquanto isso, Tarcísio, aspirante a sucessor de Bolsonaro, só abriu a boca quando a PEC já estava morta.

Chamou de “distorção”, mas evitou citar o projeto-irmão: a anistia dos golpistas. Quer se mostrar estadista, mas não ousa encostar na ferida – prefere vender “paz dialogada”, como se fosse possível pacificar democracia com impunidade.

No clã Bolsonaro, a ópera bufa continua: Eduardo se lança candidato, Michelle sugere que Deus a escale, e o patriarca busca algum santo que ainda lhe atenda o telefone.

⚖️ Moral da história:

O Congresso tentou blindar seus próprios crimes, mas as ruas, pela primeira vez em muito tempo, lembraram aos políticos que soberania popular não se arquiva.

🔖 #PECdaBlindagem #DerrotaDoCentrão #PovoNasRuas #FimDaBlindagem #BrasilDemocrático #BolsonarismoEmPedaços

Contribuição para o Construir Resistência ->

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *