Os esperneios de uma direita derrotada

Por Emir Sader – Brasil 247

A direita, dividida e sem rumo, assiste à consolidação de Lula e teme perder até o controle de São Paulo

Enquanto o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, tomava posse, o governador de São Paulo visitava, pela primeira vez, Bolsonaro, depois da sua condenação. Afirmou que a situação dele é muito dura.

O cenário é o da derrota da direita, que passa à defensiva. Quando se deram conta de que a anistia é impossível constitucionalmente, passaram a se dividir entre os que mantêm essa reivindicação, apesar de tudo, e os que apelam para as possíveis leis que permitiriam diminuir as penas. Aceita-se a condenação de Bolsonaro.

Por outro lado, a direita também se resigna com a vitória de Lula para um quarto mandato. O próprio Tarcísio afirmou que vai concorrer à reeleição em São Paulo e não à Presidência da República. Dá-se conta do favoritismo de Lula e trata de evitar o pior cenário: ficar sem o governo de São Paulo e não conseguir a presidência da República.

Todos os eventuais pré-candidatos à presidência pela direita concentram seus olhares em 2030, depois do quarto mandato de Lula, quando acreditam que possam ter maiores possibilidades de ganhar.

Ele também se assusta com a possibilidade de o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, candidatar-se ao governo de São Paulo, que ele já governou, pelos tucanos, quatro vezes. Seria o candidato de Lula, que poderia dificultar o projeto de reeleição de Tarcísio.

 

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