Yes, nós temos bananas (nanicas, é verdade, mas, temos)

Por Luis Otavio Barreto

Por vezes leio que o Brasil não é para amadores, e concordo. É preciso ser experimentado, ter ‘norráu’ em brasilices. Aqui o que parece de ponta cabeça, quando nos viramos pra ver, não está. Percebe o grau da coisa?! De modo que, veja o amigo, as calças do governador de São Paulo, senhor João Dória, justas que são, despertaram o interesse do presidente.

O amigo sabe o que é “BULGE”?! Se não, eu explico: bulge, ou pacote, protuberância, mala, neste contexto aqui, significa o volume formado na região dos genitais do homem. Há, para algumas pessoas, um interesse especial na observação destes detalhes. Eu, sinceramente, não sei se as senhôras e donzelas prestam-se a tal contemplação, mas, os rapazes que gostam de rapazes sim, bom, pelo menos os rapazes que gostam, bastante, daquilo maravilhoso*.

Agora que você já sabe o que é BULGE  e já sabe que existe uma galera que é chegada na observação, bom, as coisas ficam mais fáceis de serem compreendidas. O que, talvez, torne o BULGE uma coisa mais interessante, seja a observação velada, informal e tácita. Quer dizer, não se pede permissão para por o reparo. (risos) E, em geral, ao menos no primeiro momento, não se comenta sobre a fartura ou mixaria.

Agora é que a coisa começa a descambar para a esculhambação brasilística; em nenhum lugar, por mais exótico, folclórico e burlesco que possa existir sobre este redondíssimo planetcheenha, o ‘pacote’ (ai, Cher, eu preciso de muita maturidade pra usar essa expressão paccotchy – é igual pi’faizerrr) voltemos: em nenhum lugar da face da terra redonda, o pacote do governador do estado com a maior e mais importante cidade do país,  esteve na pauta presidencial.

PAUSA, PRO RIVOTRIL! Gente! Numa circunstância normal, assim, sem pandemia, sem meio milhão de mortos, sem a PIFAIZEERR implorando para nos vender a solução da PORRA DUM PROBLEMA sem precedentes, esse reparo no BULGE do governador, olha, por um presidente dito hétero, já seria um negócio estranho para um cacete – literalmente! Mas, mano do céu! A gente com meio milhão de mortos em baixo do nariz, com uma população fodida pra caramba, com um esquema de vacinação mais atrasado que o 308, gente, o cara vem falar da sunga apertada do governador?!

Dória, que não é bobo, e que gosta duma saliência (lembram da surubada?! Não?! Quem bom! Eu vi a foto. arrkkkk) mandou uma invertida que achei de um tudo: “dorme sonhando com calça apertada (de Dória) e acorda pensando na sunga apertada (de Dória”). Segue com: “É muito amor, Tonho da Lua deve estar morrendo de ciúmes”, Tonho é Carlos Bolsonaro ou Carluxo, filho do genocida e vereador do Rio de Janeiro.

Mas não é uma esculhambação?! Agora você imagina essa porra lá fora?! Não é, definitivamente, um país para amadores. Olha, nem as cartas com pentelhos do Dom Pedro Fisrt para a Marquesa of Santos são tão absurdas, aliás, outro ‘parangolé’ do campo dos fetiches…gente, não dá! É demais pra uma época só! Genocida e manja rôla. Parafraseando o Gil, do Big Brother: “Beescha, puta que pariu, o Brasil tá lascado.”

(*) sinônimo para aquilo mesmo que você tá pensando, criado por uma filha doidona da Baby Consuelo.

 

Luis Otavio Barreto é músico pianista e professor de língua portuguesa.

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