Wilson Witzel, que foi fuzileiro naval antes de ser juiz federal, deve saber o que está fazendo na CPI do Genocídio. É o primeiro a desafiar o poder dos milicianos.
O depoimento está apenas começando, e Flavio Bolsonaro, chamado de filho mimado, já acusou o golpe.
Witzel ataca Bolsonaro, acusado de comandar a perseguição a ele e outros governadores, mas está cercado pelas facções da extrema direita na CPI. Flavio levou uma tropa de deputados para atemorizar o ex-governador.
Witzel já concordou com uma sugestão dos senadores para que participe de reunião fechada da CPI para denunciar o que sabe, depois de sugerir que Bolsonaro aumentou a perseguição depois que a polícia do Rio intensificou investigações sobre o assassinato de Marielle.
Flavio Bolsonaro quer ter o direito de participar da reunião sigilosa, mesmo que não seja membro da CPI. Witzel insinuou que ele pretende afrontá-lo como filho do sujeito, e não como senador.
A sessão promete ser a melhor da CPI até agora. Witzel está disposto a jogar no ventilador as podridões de Flavio Bolsonaro e do pai dele, numa tabelinha combinada com Renan Calheiros.
O ex-governador está testando os nervos da família.
Moisés Mendes é jornalista gaúcho e mora em Porto Alegre
Em tempo: matéria originalmente postada no Blog do Moisés Mendes na manhã desta quarta-feira (16). Original no link abaixo:
https://www.blogdomoisesmendes.com.br/witzel-enfrenta-os-milicianos-ao-vivo/