Por Simão Zygband
Arte – Fabiana Tamashiro
Já não era sem tempo. O (sic) presidente Jair Bolsonaro começa a cair na pesquisa. Motivos para isso não faltam. Até que enfim a população identifica no capitão reformado a responsabilidade pela morte de perto de 3 mil brasileiros por dia. Só em São Paulo são 700 diárias.
Mas Bolsonaro não é apenas o responsável direto pelos milhares de óbitos que enlutam tantas famílias. Claro que seu desrespeito com a pandemia, a ironia recorrente de uma situação sanitária calamitosa é o que mais pesa aos olhos da população, boa parte dela complacente com o desgoverno que ajudaram a eleger.
O (sic) presidente da República é também um caos na área econômica, tirando o país do honroso lugar de ser a sexta economia do mundo (como a deixou os governos do PT) para jogá-la na décima segunda posição.
Na verdade, é fácil elencar dezenas de gestões desatrosas do incompetente (sic) presidente. É a alta dos combustíveis (que só este ano subiram mais de 50%), é a disparada nos preços dos alimentos, é a ridícula quantia destinada ao auxílio emergencial, é o fim da previdência pública para os trabalhadores que não mais conseguirão se aposentar, é a falta de vacinas que está ceifando milhares de vidas.
O tamanho descontrole do desgoverno de Jair Bolsonaro não caberia nesta página de tantas citações.
Enquanto a miséria e a violência se espalham como rastilho de pólvora, – na mesma velocidade da pandemia, pelas cidades brasileiras, o senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), o filho primogênito do (sic) presidente adquire uma mansão cinematográfica por R$ 6 milhões em Brasília, realizada em uma operação suspeita em um cartório na cidade satélite de Braslândia, cuja documentação é mantida em sigilo de forma irregular.
Números da pesquisa
De acordo com a pesquisa Datafolha, a rejeição ao trabalho do (sic) presidente Jair Bolsonaro na gestão da pandemia da Covid-19 disparou ao maior nível desde que a crise sanitária começou há um ano.
Nada menos que 54% dos brasileiros vêem sua atuação como ruim ou péssima. Na pesquisa anterior, realizada no final de janeiro, 48% reprovaram o desacerto de Bolsonaro com a pandemia.
Nesta pesquisa, somente 22% dos entrevistados acharam que Bolsonaro se saiu bem na gestão da crise e 24% regular. Em um resposta estimulada, 42% acham que a culpa pela mortalidade de brasileiros é do (sic) presidente da República, 20% dos governadores, 17% dos prefeitos e 1% da própria população. 15% ainda identificam todos como culpados.
Agora você já sabe que não é só uma gripezinha, Bolsonaro?
