Por Simão Zygband
A legião de desajustados que orbita em torno do psicótico presidente da República faz lembrar personagens da história antiga da humanidade que tinha em Átila, o rei do Hunos, o líder de uma legião bárbara que pilhou e extorquiu os impérios Romano do Oriente e Parta (“Pérsia”), aterrorizando as planícies europeias, escravizando outros povos bárbaros, dando sua contribuição à queda do decadente Império Romano do Ocidente.
Notório por sua ferocidade em conquistas, dizia-se que por onde o cavalo de Átila havia pisado, jamais voltaria a crescer grama. Ele realizou ataques bárbaros em meados dos anos 400 D.C.
Um cronista da campanha relatou assim o episódio de ataque Huno contra a cidade de Trácia, no ano de 447: “Houve tanta morte e derramamento de sangue que ninguém poderia contar o número de mortos. Os hunos pilharam as igrejas e monastérios, e chacinaram os monges e as virgens… A devastação da Trácia foi tamanha que ela jamais se erguerá de novo”.
Lógico que o desajustado presidente brasileiro em nada lembra Átila, um guerreiro sanguinário, que se destacou naqueles anos por sua bravura. Bem diferente do Coiso, um covarde que se cerca do que há de pior em termos de caráter na política e na vida nacional e cuja família amealhou fortuna de origem duvidosa, proveniente das chamadas “rachadinhas” ou de procedência ainda menos republicana. Ele próprio reconheceu que sua família adquiriu 51 imóveis, dos 107 “conquistados”, com pagamento em dinheiro vivo. Ele e seus seguidores sabem como fazer dinheiro sem ter que se esforçar.
É importante lembrar que pesa sobre os ombros do atual ocupante da cadeira presidencial a responsabilidade pela morte de 650 mil brasileiros durante a pandemia de Covid-19, fruto da negligência e irresponsabilidade do capitão, certamente número infinitamente maior de mortos nos ataques de Átila, o huno.
Veja o exemplo de uma das seguidoras do Bolsonarismo, a deputada reeleita Carla Zambelli. Neste sábado desrespeitou a legislação eleitoral que “proíbe o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas que o sucedem”.
Mesmo assim, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sacou uma arma e apontou para pessoas neste sábado (29/10), na região dos Jardins, em São Paulo. A atitude da parlamentar reeleita gerou correria no cruzamento das alamedas Joaquim Eugênio de Lima e Lorena. Pelas suas redes sociais, ela disse ter sido agredida.
O vídeo que circula nas redes sociais mostra Zambelli atravessando uma rua com o revólver em punho perseguindo um homem negro. A perseguição seguiu para dentro de um bar, onde a parlamentar entrou com a pistola em punho gritando “deita no chão”. A gravação foi divulgada por um assessor do PDT, que afirmou que a deputada chegou a disparar anteriormente após um desentendimento com eleitores de Lula.
Roberto Jefferson e Tarcísio de Freitas
Um dos principais adeptos da cultura da violência disseminada por bolsonaristas mais radicais, o aliado do presidente, ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) jogou três granadas e deu tiros de fuzil em agentes da Polícia Federal (PF) que foram cumprir mandado de prisão em sua casa no domingo passado (23). Dois policiais foram feridos por estilhaços da granada e foram levados ao pronto socorro. Jefferson está preso em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Outro episódio repugnante envolvendo bolsonaristas culminou com o assassinato de Felipe Silva de Lima, 27 anos, ocorrida no último dia 17 durante ato de campanha do candidato Tarcísio de Freitas na comunidade de Paraisópolis. Integrantes da organização de direitos humanos enxergam a possibilidade de execução já que não há sinais de confronto.
“A Polícia Civil já teria condições de ter esclarecido. Na verdade, parece que ocorreu uma execução, sem confronto nenhum, de um jovem que, junto com um outro, passava pelo local. Diante da execução [a polícia] teria criado um factóide de intimidação ou atentado ao candidato. Está parecendo ter sido uma grande farsa”, afirma Ariel de Castro Alves, presidente do Tortura Nunca Mais.
O pai de Felipe disse em entrevista que o candidato matou seu filho para ganhar a eleição. Ele explica a declaração dizendo que o candidato Tarcísio já sabia que ia acontecer um atentado a ele antes mesmo de acontecer e, por isso, diz estar inclinado a acreditar que seu filho foi morto para ser o estopim de uma confusão que beneficiaria eleitoralmente o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo. “Foi armação dele para ganhar a eleição”, disse.
O cinegrafista Marcos Andrade, da TV Jovem Pan, que filmou a execução, foi pressionado pela campanha do candidato da extrema direita a apagar as imagens (portanto, as provas) e relatou que a equipe de Tarcísio estaria pedindo à Jovem Pan sua demissão. Por temer represálias contra a sua família, ele acabou se desligando da emissora bolsonarista.
Em Jandira, no interior de São Paulo, o ex-vereador Zezinho do PT foi assassinado com tiro na cabeça, disparado à queima-roupa. Tudo leva a crer que se trata de um crime político. Moradores da região que testemunharam o assassinato afirmam que um homem armado saltou de um veículo e atirou em Zezinho.
É este clima de barbárie que deveremos liquidar nas urnas neste domingo, elegendo Lula Presidente e Haddad Governador de São Paulo.
Contra as mortes e a violência bolsonarista, digite 13 e 13 neste domingo.