Terrorismo no Brasil sempre foi coisa da extrema-direita

Por Rudolfo Lago no Congresso em Foco 

A direita brasileira repete desde sempre o discurso de que pede a intervenção das Forças Armadas para livrar o Brasil do caos das esquerdas. Por essa narrativa, a tal ameaça do comunismo é que estaria associada à violência. E foi assim que se tentou endurecer a lei antiterrorismo para que ela inibisse movimentos sociais.

Bem, diz a geometria que os extemos se encontram. E, de fato, o mundo tem vários exemplos de que a extrema-esquerda também pode ser brutal e violenta. Mas, no Brasil, a verdade é que quase sempre quando se fala de terrorismo os exemplos são todos de extrema-direita. Por aqui, terrorista sempre foi a extrema-direita. E seus atos terroristas sempre surgiram para tentar justificar mentiras para uma intervenção mais dura de modo a tornar o Brasil ainda mais brutal e violento.

A tentativa do terrorista George Washington de Oliveira Sousa – e é preciso chama-lo pelo termo correto, é terrorista – é mais um exemplo a mostrar que, no Brasil, tais ações estão sempre associadas à extrema-direita. No depoimento que deu depois de ser preso, George Washington explicou claramente que sua intenção foi mesmo a que se associa a qualquer ato terrorista: provocar, o caos, gera pânico, atemorizar as pessoas. De novo, associando isso ao delírio que os bolsonaristas incorporaram à forma como leem o artigo 142 da Constituição.

Essa leitura torta do artigo 142 leva esses celerados a imaginarem que, caso provoquem o caos, as Forças Armadas irão intervir já que a Constituição destina a elas a manutenção da “lei e da ordem”. Ora, se no caso há alguém ameaçando a lei e a ordem é quem planeja explodir o aeroporto. E que, muito justamente por isso, vai preso.

Felizmente, na história do terrorismo brasileiro esse tipo de ação quase nunca deu certo. Mas vão aí alguns momentos históricos que mostram que terrorismo, no Brasil, é coisa da direita:

 

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